Original: The Keep.
Autora: Jennifer Egan.
Editora: Intrínseca.
Nota: 3/5
Danny é um nova-iorquino viciado em celular que, entre outros estranhos talentos, consegue detectar na própria pele se um lugar tem sinal de internet wi-fi. Quando seu primo Howard, de quem havia se afastado após uma brincadeira de mau gosto na adolescência, o convida para conhecer o castelo europeu que comprou e está reformando com a intenção de transformar em hotel de luxo, Danny acha que é uma boa oportunidade para retomar o contato e ao mesmo tempo fugir da confusão que arrumou em seu último emprego. Ao chegar lá, no entanto, as coisas começam a ficar estranhas. O torreão do castelo, que serviu de fortificação durante muitos séculos e resistiu a diversas tentativas de invasão, ainda é ocupado pela antiga proprietária - uma baronesa sinistra que parece velha demais para estar viva. Uma piscina mal-assombrada e um traiçoeiro labirinto subterrâneo completam a aura de mistério do lugar. Quando o pânico toma conta de Danny, ele descobre que a "realidade" pode ser algo em que não consegue mais acreditar. De maneira inventiva e subvertendo os limites entre fantasia e realidade, Egan constrói uma história que prende o leitor a cada página e nos faz ter vontade de reler o livro muitas vezes. (SKOOB)
Acho que a resenha desse livro vai ser a mais confusa que eu já fiz aqui nesse blog. O Torreão não é exatamente o meu 'tipo' favorito de livro, mas confesso que depois de ler a sinopse eu fiquei muito curiosa. Então eu dei uma chance a Egan, já que vi boas críticas ao outro livro dela lançado aqui. Mas enfim... eu não sei o que falar desse livro, então tenham paciência com a minha resenha indecisa e confusa, não me matem (por favor q).
O livro conta sobre Danny, um cara completamente viciado em internet, celular e todas as tecnologias que você possa imaginar. Um dia, o primo dele, Howie, o chama para ir ajudá-lo a reformar um castelo que ele comprou e vai transformar em um hotel. Então ele vai, apesar de não ver o primo faz tempo e de que na última vez que o viu, as coisas não saíram... bem. Chegando lá, num lugar completamente isolado (e sem nem sinal para o seu celular) e medonho, Danny é apresentado há estranhas pessoas, uma baronesa louca e velha que não quer sair do Torreão por nada e um espírito que está na piscina, provavelmente dos gêmeos que morreram ali. E isso chega a um ponto que ele não sabe mais o que é real ou não.
Não sei exatamente o que falar desse livro, não sei se gostei dele ou não. É difícil explicar as diversas sensações que tive ao lê-lo. Eu gostei do fato de a autora ter 'brincado' muito com a questão de real/irreal. Durante todo o livro você fica com isso na cabeça: 'será que tudo isso é real?'. A narração é feita por uma pessoa que está na prisão, ou seja, uma terceira pessoa. Eu não confio muito quando uma pessoa está contando a história que aconteceu com outra. Eu sinto como se isso fosse um telefone sem fio, sabe? A primeira pessoa conta a história corretamente e quando chega na última já está toda distorcida. Então li o livro com um pé atrás. Quando eu achava que algo era de verdade, que estava mesmo acontecendo... sempre havia algo que me fazia pensar 'será?'. O que digo é: o livro é conflitante. Real ou não? Será? Mas como? Impossível? Possível?
Confesso que gosto de livros assim, que me façam ficar intrigada em confusa. Nem sempre, mas desse eu gostei. Só não achei muito digno o final. Me deixou mais confusa ainda e... isso não foi bom. Nossa, eu já estou ficando tonta só de escrever essa resenha, espero realmente que vocês entendam. Não consigo passar exatamente o que eu senti ao ler o livro. É bom, mas confuso já que você não sabe exatamente se é tudo realidade ou não. Tudo se resume a isso (pelo menos pra mim). O livro se passa no castelo, onde é contada a história de Danny, e na prisão onde o narrador nos conta um pouco do dia a dia dele e coisas assim. Outro ponto que deve ser falado, quase esqueci. Tem muito mais narração do que diálogos e estes não são em travessões, sabe? Então eu me confundia em algumas partes, não sabia se era uma fala ou não. Mas depois acabei me acostumando.
Falando um pouco dos personagens agora, Danny é o protagonista da história e ele é muito louco. Mora em Nova York, rodeado de amigos que ele não conhece de verdade, adora tecnologia e diz ter um sexto sentindo de quando o local tem wi-fi. Não sei o que pensar dele, nem sei se ele é real ou não. Ain que confusão na cabeça! O narrador é estranho, só isso que posso falar sem dar alguns spoilers. O primo de Danny, Howard, é confuso. Eu não sei exatamente se o objetivo dele ao trazer Danny ao castelo era de ajudar ou vingança pelo que ele tinha feito. A Baronesa é uma velha muito engraçada, de uma modo meio sombrio. Também não sei se ela era real. Às vezes eu acho que o Torreão é o personagem principal. Pra quem não sabe, segundo o livro, ele é uma fortificação onde as pessoas se abrigavam quando o castelo estava sendo atacado. Os inimigos nunca o conseguiram destruir. Além de assombrado, eu acho que ele deixava as pessoas meio loucas. Sei não, eu é que não quero ir nesse lugar nunca. Ainda bem que é só um livro (será? q)
Resumindo tudo: é um livro com um tema interessante e que no final te deixa confuso em relação a tudo que você achava que era. Eu gostaria de reler e ver se eu perdi alguma coisa na trama, sabe? Agora que sei o que acontece no final e tudo mais, queria ver se descobria mais alguma coisa enquanto lia. Ou então eu realmente sou lerda e minha resenha está errada em relação a tudo. Acho que cada pessoa teria uma opinião diferente sobre o livro. Enfim, leia por sua própria conta e risco. Eu meio que recomendo, eu acho.
O Torreão é da autora Jennifer Egan e foi lançado aqui pela editora Intrínseca, assim como seu outro livro 'A Visita Cruel do Tempo'. Espero que tenham entendido pelo menos um terço dessa confusa resenha. Fim.