[COLUNA] Comprei e (ainda) não li #1.



Oi pessoal o/
Eu estava pensando em fazer alguns posts diversificados aqui no blog, já que só tem resenha, sei disso. Não sou muito criativa, então não esperem nada muito bacana da minha parte, mas prometo que vou tentar.
Bom, eu tenho muitos livros aqui em casa - e está faltando espaço para guardá-los, assumo - e uma grande parcela ainda não li. Vergonha alheia, eu sei, sinto muito. Baseado nesse meu drama que deve ser o de muitos outros também resolvi fazer essa coluna estranha aqui no blog, o 'comprei e (ainda) não li'. Talvez isso me motive a ler os livros ou não e te motive também ou não. Nunca vi essa coluna em outros blogs, então não sei se mais pessoas tiveram essa ideia. Se já viram, me avisem, ok? Enfim, para inaugurar a coluna escolhi um livro que já comprei a muito tempo e que ainda não li (é claro).


Título: Cidade dos Ossos.
Série: Os Instrumentos Mortais.
Autora: Cassandra Clare.
Comprado em: 21/03/2011 (segundo meu colega Skoob, pasmem).
Motivo para a compra: Estava super barato, apenas 4,20! Me entendam, eu tive que comprar, era algo que só acontece uma vez na vida (?).
Porque ainda não li: sei lá, de verdade. Todo mundo fala mega bem dessa série e tudo mais, só que ainda tenho um pouco de receio. Li uma outra série da autora que se passa antes dessa, ou algo assim, cujo primeiro volume é Anjo Mecânico e acabei não gostando tanto quanto esperava. Portanto, ainda tenho minhas dúvidas e isso me faz demorar para ler. Sou estranha, eu sei.
Um motivo para largar minha leitura atual e correr para este: minha irmã. Ela leu o livro, amou e vive me enchendo a paciência para ler.
Prometo ler até: o final desse ano, mas minhas promessas literárias nunca dão muito certo, então estou duvidando seriamente desta.


É isso ai. Bom, espero que tenham gostado dessa minha tentativa de fazer algo criativo. Vou tentar postar essa coluna com uma certa frequência, são muitos livros não lidos ainda. Daí no final do ano eu vejo se consegui aliviar um pouco da minha lista de leitura. É isso ai (+1), Feliz Páscoa para todo mundo, muitos chocolates e alegria para todos, fim.

Starters - Lissa Price.

Título: Starters.
Original: Starters.
Autora: Lissa Price.
Editora: Novo Conceito.
Nota: 5/5.

Seu mundo mudou para sempre. Callie perdeu os pais quando as guerras de Esporos varreu todas as pessoas entre 20 e 60 anos. Ela e seu irmão mais novo, Tyler, estão se virando, vivendo como desabrigados com seu amigo Michael e lutando contra rebeldes que os matariam por uma bolacha. A única esperança de Callie é Prime Destinations, um lugar perturbador em Berverly Hills que abriga uma misteriosa figura conhecida como o Old Man. Ele aluga adolescentes para alugar seus corpos aos Terminais — idosos que desejam ser jovens novamente. Callie, desesperada pelo dinheiro que os ajudará a sobreviver concorda em ser uma doadora. Mas o neurochip que colocam em Callie está com defeito e ela acorda na vida de sua locadora, morando em uma mansão, dirigindo seus carros e saindo com o neto de um senador. Parece quase um conto de fadas, até Callie descobrir que sua locatária pretende fazer mais do que se divertir — e que os planos de Prime Destinations são tão diabólicos que Callie nunca podia ter imaginado... (SKOOB)


Já vou começar essa resenha dizendo que o livro foi julgado e declarado culpado por estava pessoa que aqui escreve ou digita, se preferirem. “Culpado do que?” De ser tão incrível, deslumbrante, intrigante e, claro, culpado por não trazer uma etiqueta na capa com os seguintes dizeres: ‘leia imediatamente após a compra’. Em negrito e com letras maiúsculas ainda por cima! Absurdo (?).

Starters é um livro distópico que se passa num futuro meio pós-apocalíptico. Houve uma guerra que acabou por eliminar todas as pessoas entre 20 a 60 anos. Callie perdeu os pais e agora tenta sobreviver junto com seu irmão, Tyler, nesse mundo perigoso comandado pelos Enders – as pessoas velhas que sobreviveram, é claro, e que vivem até mais de 100 anos. A única esperança da nossa pobre protagonista é a Prime Destinations, um lugar comandado por uma pessoa conhecida como ‘Velho’. Eles contratam adolescentes para irem trabalhar em um café na Turquia alugar seus corpos aos Enders, olha que absurdo. A Callie está louca por dinheiro para ajudar o irmão e acaba topando. Ela só não sabia que iria ser pior do que pensava e agora terá que lutar pela sua sobrevivência e que a sorte esteja sempre a seu favor... opa, livro errado.

Nem sei por onde começar essa resenha. Simplesmente me apaixonei por este livro. Não pensava que iria gostar tanto já que os livros do gênero distópico que li não me surpreenderam desse jeito. E, claro, porque Starters tem capítulos muito grandes e eu sou preguiçosa, não gosto disso. Mas vale a pena! A narrativa é em primeira pessoa e a autora sobre retratar tudo muito bem. Logo no primeiro capítulo eu já estava fisgada e depois as coisas só tendem a melhorar. Ok, o começo demora a engrenar, é mais uma preparação para o que está por vir, vemos como funciona o mundo deles e afins. Gostei muito de como a autora retratou toda a Prime Destination, o lance de aluguel de corpos e como é feito. Apesar de ser uma ficção, consegui enxergar muita coisa da nossa atualidade – que eu não vou falar, por poder ser considerado spoilers por alguns.

Apesar do começo morno, o caminho rumo ao final é bem intenso eu ia falar que era bem ‘em chamas’, mas daí seria o livro errado...de novo. Vamos descobrindo toda a verdade sobre a empresa, alguns detalhes sobre o falso-fingido do Velho e como a pobre Callie ainda tem um longo caminho a percorrer. O final é eletrizante! Quando você pensa que o pior já passou, tudo está bem e nada irá sobre para a sequência do livro, adivinha? Tudo jogada de marketing (?) e acaba acontecendo algo muito estranho/louco/estranho que me deixou com gosto de quero mais. PRECISO desse segundo livro para ontem! É incrível, nem tenho mais elogios o suficiente para Starters.

As personagens foram muito bem escritas, gostei delas, olha que milagre. A Callie é uma louca, faz tudo pelo irmão (como alugar o seu corpo para os Enders, coisa básica) e não desiste fácil. Torcia por ela do começo ao fim, devo até ter roído uma ou duas unhas por tudo o que ela passou. No final acho que ela se sentiu enganada por alguns acontecidos, pelo menos eu me senti. Ela demora um pouco para entender tudo o que está acontecendo ao seu redor, mas depois que percebe que nem tudo são flores vai atrás do prejuízo. Gostei muito dela. 

O seu irmão, Tyler, aparece poucas vezes e o Michael, o amigo que os ajuda na sobrevivência e cuida do garoto, me dá nos nervos em uma das partes do livro. Ainda vale a pena comentar sobre o Blake, o neto do senador. Ele se mostrou um personagem muito bacana, por isso fiquei chocada com tudo o que aconteceu no final. Não me conformei ainda.

Resumindo esse lero-lero: LEIAM AGORA! E, claro, não aluguem seus corpos para a Prime Destinations no futuro. Recomendadíssimo. É isso, nada mais a declarar. Fim do julgamento.

Garota Exemplar - Gillian Flynn.

Título: Garota Exemplar.
Original: Gone Girl.
Autora: Gillian Flynn.
Editora: Intrínseca.
Nota: 3.5/5.0

Uma das mais aclamadas escritoras de suspense da atualidade, Gillian Flynn apresenta um relato perturbador sobre um casamento em crise. Com 4 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo – o maior sucesso editorial do ano, atrás apenas da Trilogia Cinquenta tons de cinza –, "Garota Exemplar" alia humor perspicaz a uma narrativa eletrizante. O resultado é uma atmosfera de dúvidas que faz o leitor mudar de opinião a cada capítulo. Na manhã de seu quinto aniversário de casamento, Amy, a linda e inteligente esposa de Nick Dunne, desaparece de sua casa às margens do Rio Mississippi. Aparentemente trata-se de um crime violento, e passagens do diário de Amy revelam uma garota perfeccionista que seria capaz de levar qualquer um ao limite. Pressionado pela polícia e pela opinião pública – e também pelos ferozmente amorosos pais de Amy –, Nick desfia uma série interminável de mentiras, meias verdades e comportamentos inapropriados. Sim, ele parece estranhamente evasivo, e sem dúvida amargo, mas seria um assassino? Com sua irmã gêmea Margo a seu lado, Nick afirma inocência. O problema é: se não foi Nick, onde está Amy? E por que todas as pistas apontam para ele? (SKOOB)

Ok, vou assumir para vocês que esses thrillers psicológicos me deixam com um pouco de medo. Eles falam muito sobre a realidade. Meu lance são as ficções, coisas de mentirinha. Porém, eu gosto deles, são bem interessantes de serem lidos e te deixam com a pulga atrás da orelha. Quando comecei a ler Garota Exemplar, eu sabia que esse livro me enganaria de alguma maneira. Sabia que eu iria pensar em uma possibilidade de rumo para o livro e na verdade aconteceria outra totalmente diferente. Mas teve um problema: dessa vez eu acertei parcialmente o que iria acontecer e... não me surpreendeu tanto. Sou problemática, não sei porque faço essas coisas (?).

Garota Exemplar fala sobre um casal que estava completando cinco anos de casado, Nick e Amy. Justo nesse dia tãão especial para ambos, a esposa acaba desaparecendo misteriosamente. A casa está revirada e nem um sinal dela. Com o passar das páginas vemos que Nick parece um tanto suspeito por várias coisas que acaba fazendo. Será que ele foi mesmo o responsável pelo desaparecimento da amada? Se não foi ele, quem poderia ter sido? Muitas loucuras, muitas mentiras e pessoas mentalmente instáveis. Pronto, é basicamente isso.

Eu vou relatar aqui a minha relação de amor e ódio com esse livro. Comecei a ler super ansiosa, parecia ser misterioso, cheio de mistérios e coisas estranhas. Adoro livros assim, tipo, estranhos. O começo é legal. As narrações são intercaladas entre o Nick e a Amy, as dela sendo tiradas de um diário que mantinha. Também é divido em três partes, que eu aconselho vocês a não lerem o nome dessas partes até chegarem nelas. A narração é boa, os personagens são bem construídos e tem tudo para uma trama ser enigmática e real. Só que depois de todo o 'onde está a Amy? E porque Nick parece tanto suspeito', o livro acaba ficando um pouco morno. A polícia vai investigando, Nick vai seguindo a suas próprias pistas também e tudo vai ficando na mesma.

Eis então que chega a segunda parte do livro, que larga uma bomba na nossa cara. Acho que a maioria das pessoas já suspeita do que vai acontecer no decorrer do livro, eu já esperava algo assim, mas fiquei surpresa mesmo assim. Até aquele ponto estava dando cinco estrelinhas fácil para o livro. Pensei até nas possíveis resenhas que poderia fazer para ele tenho essa mania estranha e preciso me livrar dela, não me faz bem. Só que ai o livro começa a ficar morno novamente, com alguma elevação de temperatura uma vez ou outra, porém nada que me fizesse manter minha nota inicial. O final foi super estranho, não gostei. Achei que o livro merecia algo diferente do que aconteceu. Algo mais 'ahá, te enganei, aqui está, toma na cara leitor' teria sido o que eu esperava.  Tudo bem, não pode se agradar a todos.

Não deixa de ser bom, me entendam, só não é maravilhoso. É uma leitura boa, agradável e que nos faz pensar nas pessoas que vivem conosco. Acho que nunca vamos conhecer todos os detalhes das pessoas, mesmo que pensamos que sim. A mente é uma inimiga perversa, vou te contar. Esse livro mostra bem isso, como as pessoas tem sérios problemas mentais e que não é culpa delas ou é. Não é culpa de ninguém, apenas acontece. Pode acontecer comigo, com você, com seus pais, seus amigos, professores. Todo mundo pode virar um psicopata louco, essa é a verdade. Ou não, talvez só esteja falando coisas sem nexo. Mas voltando ao livro, podemos ver claramente que as mentiras destroem tudo e a todos. Um exemplo: Pretty Little Liars! Elas só se dão mal gente, não sigam o exemplo delas.

O livro tem umas partes fortes, algumas palavras bem vulgares e não é exatamente o tipo de livro que eu queria ver minha irmã lendo antes dos 18 anos (talvez nem antes dos 20, então nem ouse tocar nesse livro, sister). Isso não me incomoda nos livros, mas achei melhor avisar já que sei que algumas pessoas não gostam tanto e afins. Pronto, já avisei, vamos para o próximo tópico.

Os personagens são um ponto forte do livro. Achei os principais bem desenvolvidos. Gostei de como a autora soube mudar a personalidade deles de um ponto para o outro. Eles conseguem te enganar e te manipular. Nick e Amy são um enigma para mim até agora. Não sei o que se passa pela cabeça dessa casal maluco. Nem posso falar muito sobre eles sem dar spoilers, já que o livro é basicamente centrado nessa personalidade deles, quem está mentindo e quem está falando a verdade. Ainda tem a Go, irmã gêmea do Nick, que aparece bastante no livro sempre apoiando ele ou então dando um puxão de orelha quando necessário. Os pais da Amy me pareceram aquelas pessoas que gostam de ganhar dinheiro em cima dos outros - ou seja, da própria filha. Eles escreveram uma série de livros cujo nome era 'Amy Exemplar'. Coitada da menina, que pais são esses! Apesar de tudo, são todos bem construídos e tem sua própria personalidade. Gostei. Minha síndrome não tem aparecido, estou muito feliz, o blog é minha terapia (?).

Resumindo: o livro é bom, trama boa, personagens bons... só que não me surpreendeu muito. Talvez eu assista séries policiais demais, então acabo criando várias teorias em minha cabeça e dessa vez a que eu mais apostava estava certa. Eu recomendo sim, apesar de tudo. Foi uma boa leitura, me deixou um pouco mais surtada em relação as pessoas e passei boas horas lendo e criando essas teorias. É isso, mais nada a declarar. Fim.

Lançamentos e Novidades - Março.


Oi, oi o/
Estava devendo um post de lançamentos aqui faz tempo, vergonha. Mas enfim, aqui está o post com alguns lançamentos do mês de março algumas de fevereiro também, já disse que faz tempo que não posto sobre isso das editoras. Para saber mais sobre o livro, só clicar na 'capa' e você será redirecionado para a página dele no skoob.






Só alguns lançamentos básicos, sabem como é. Quais vocês estão mais ansiosos para ler ou quais já leram pois esse post está muito atrasado mesmo? Fim.

O Substituto - Brenna Yovanoff.

Título: O Substituto.
Original: The Replacement.
Autora: Brenna Yovanoff.
Editora: Bertrand Brasil.
Nota: 3.5/5.0

Mackie não é um de nós. Ele vive na pequena cidade de Gentry, mas vem de um mundo de túneis e águas escuras e lamacentas, um mundo de garotas-cadáver governado por uma pequena princesa tatuada. Ele é um Substituto — deixado no berço de um bebê humano há dezesseis anos. Agora, devido a uma alergia fatal a ferro, sangue e solo consagrado, Mackie está morrendo aos poucos no mundo dos homens. Mackie daria qualquer coisa para viver entre nós. Tudo o que ele deseja é tocar baixo e descobrir mais sobre uma garota estranhamente fascinante chamada Tate. Mas quando a irmãzinha de Tate desaparece, Mackie é irreversivelmente arrastado para o submundo de Gentry, conhecido como Caos. (SKOOB)

Eu tenho super vontade de ler esse livro desde que vi a capa ainda na versão americana, nem tinha sido lançado aqui. Enfim, agora tive a oportunidade de ler devido a nova editora parceira aqui no blog, a Bertrand Brasil. Vamos a resenhas queridos leitores e leitoras.

O livro fala sobre um garoto chamado Mackie Doyle, mas ele não é o verdadeiro Mackie Doyle e sim um substituto. Ele vive com a família Doyle desde então na pacata cidade de Gentry. O único problema de viver entre os 'humanos', é que Mackie tem uma forte alergia a ferro, sangue e até mesmo o solo sagrado da igreja que seu pai comanda. Tudo o que o pobre menino queria era ser normal, se encaixar na sozinha e talvez sair com uma garota ou outra, pode até ser Tate - a menina que perdeu a irmã recentemente e é em estranha. Só que tudo muda quando a irmã dele, Emma, se mete em alguns problemas e desaparece - rapidinho, coisa pouca. Ele então descobre que tem muito mais coisa nessa cidade pacata, como a Casa do Caos, um submundo que se situa em um lugar muito estranho da cidade. Ele então precisa encarar esse pessoal louco e tentar encontrar o seu lugar nesse mundo. Que profundo.

Ok, péssima sinopse, eu sei. Vou começar falando dessa capa: acho simplesmente espetacular. Adoro o carrinho de bebê e os itens pendurados em cima, tudo muito interessante. Eu adoro, sem mais. Pronto, já falei.

Substituto não foi exatamente como eu esperava. Talvez eu tenha criado muitas expectativas, o que geralmente atrapalha as minhas leituras, e o livro não atendeu a todas elas. Foi bom, não me entendam mal. O livro é bem interessante, todo esse lance da Casa do Caos, dos sacrifícios, crianças desaparecidas e pessoas bem estranhas. Só achei que a autora poderia ter explorado mais isso e explicado melhor também. Fiquei na dúvida em várias partes sobre eles ou o que significava algumas coisas que esse pessoal fazia. Porém, creio que o sobrenatural não fosse muito o foco dela e sim sobre o Mackie tentando se encaixar em uma sociedade da qual não faz parte. Ele tenta ser normal, agir como qualquer humano, só que ele não é  humano e sim algo bem... diferente, talvez até assustador para algumas pessoas. Durante o livro, Mackie fala algumas vezes que é um 'monstro' assim como as pessoas que são iguais a ele. Então, acho que esse foi mais o foco da autora e não o sobrenatural em si. Minha opinião, é claro.

Apesar de tudo, eu gostei do livro. O começo é bem intrigante e nos deixa com vontade de saber tudo. "O que é ele? Porque tudo isso acontece? Crianças desaparecendo? Como assim?" São muita perguntas e aos poucos vamos recebendo algumas respostas. O meio é um pouco morno, mas o final é bem tenso. Assumo que fiquei com um pouco de medo dessas pessoas estranhas que eu não sei como chamar já que eles não gostam de nomes. Por isso, vou chamá-los de 'pessoas estranhas'. Gostei também do fato de ser em uma cidade pequena e de um menino narrando, me fez lembrar de um livro que eu super adoro COF Dezesseis COF Luas COF. Foi uma leitura rápida, os capítulos não são tão longos e tudo flui bem. Eu demorei um pouco mais para ler porque meu ritmo de leitura está péssimo, sério, preciso melhorar.

Os personagens foi um ponto positivo do livro. Adorei o Mackie. Ele é todo cheio de dúvidas, medos, angústias e tenta de todo jeito ser o mais normal possível - já que as pessoas que não são consideradas 'normais' geralmente acabam se dando mal. Não é um daqueles mocinho muito corajoso, que pensa saber de tudo, enfrenta todos e nem sequer pensa duas vezes. Gostei disso, deixou ele mais humano, apesar de não ser. Isso ficou confuso, mas tudo bem. Tem também a Tate. Uma garota estranha cuja irmãzinha acabou de morrer. Isso é normal na cidade, as crianças morrem repentinamente, mas Tate duvida disso e crê que não foi a sua irmã que morreu, e sim outra 'coisa' que colocaram no lugar dela. Uma ótima personagem. Era estranha, irritada, fazia perguntas difíceis e muito corajosa. Arrisco dizer que mais corajosa do que o Mackie, de verdade.

Outros personagens secundários: Roswell, que é um amigo do Mackie e o ajuda com tudo sem nem perguntar nada. Ele simplesmente está ali para o que der e vier, apoiando o amigo e o socorrendo na suas crises estranhas. Os gêmeos Drew e Danny, que gostam de construir coisas estranhas e que apareceram pouco no livro. Apesar disso foram de grande (ou não) ajuda no final. Emma, a irmã do Mackie, é uma gracinha. Ela sempre amou o irmão, mesmo sabendo que ele não era o irmão verdadeiro dela. Muito bonito o relacionamento dos dois e como um defende o outro.

Não posso esquecer de falar das pessoas estranhas. Bom, esses estranhos são de duas 'casas': a Casa do Caos e a Casa do Desespero. Cada uma é comandada por uma mulher e as duas são irmãs! Lembrei do filme da Alice. Esperava que alguma delas dissessem 'cortem as cabeças' ou coisa parecida. Gostaria que fossem mais bem explorados, acho que tinha muito mais coisa para falar sobre eles. Apesar disso, os componentes dessas casas são bem chatos. Tem as meninas zumbis, a garota com vários dentes e por assim vai. Na minha imaginação eles eram bem estranhos mesmo - por isso resolvi chamar eles assim, óbvio.

"Na história, Emma tem quatro anos. Ela pula da cama e atravessa o quarto. Quando enfia a mão por entre as barras da grade do berço, o ser se aproxima. Ele tenta mordê-la, e ela puxa a mão de volta, mas não se afasta. Eles passam a noite inteira olhando um para o outro no escuro. De manhã, o ser continua agachado sobre a colcha com desenhos de carneirinhos e patinhos, olhando para ela. Esse não é o irmão dela. Sou eu" (página 18).

Resumindo: o livro é bom, uma leitura interessante, porém esperava mais de alguns pontos. Apesar disso eu recomendo, é claro. Desculpem por colocar tantas vezes na resenha a palavra "estranho" (preciso contar), mas era a melhor definição para tudo nesse livro. Só isso que eu tenho a dizer. E, claro, tomem cuidado com pessoas com alergias estranhas, vai que é um substituto. Medo. Fim.

[FINALIZADO] Book Tour de Reencontro.




Olá pessoal o/ Então, estava rolando o book tour do livro Reencontro aqui no blog que organizei com o apoio da autora Leila Krüger e agora ele chegou ao fim. Alguns blogs puderam participar e agradeço a todos eles. Abaixo estão trechos de algumas resenhas e do link onde vocês poderão encontra-la na íntegra e ler.

Resenha da Ane do blog My Dear Library (aqui):
“Gostei do livro mesmo ele tendo me deixado um pouco deprimida, a mensagem que a autora passa é muito bonita. Acredito que ter fé em nós mesmos é uma das tarefas mais difíceis que existe, e você vê Ana Luiza aprendendo a voltar a acreditar em si mesma durante o livro todo. A evolução da personagem ao todo no decorrer da história é muito marcante.” 

Resenha da Letícia do blog Meu Estranho Mundo Literário (aqui):
“A forma como Leila nos conta a história de Ana é marcante. Mesmo sendo narrado em terceira pessoa, é intenso o jeito como nós acabamos enxergando as coisas da forma que Ana Luiza as vê. Foi difícil ver tudo desse jeito, já que é totalmente o contrário do que eu penso. No início, até pensei que Ana fosse uma personagem "cabeça de vento", vazia demais. No decorrer da história, no entanto, fui a entendendo.” 

Resenha da Marta do blog As Palavras Fugiram (aqui):
“Foi uma leitura demorada para mim devido á escrita, não é ruim, é apenas pesada e com muitos regionalismos então acaba não deixando você ter o ritmo de leitura que você tem com outros livros. Confesso que fiquei travada no incio da história, mas a partir de metade a história flui muito mais rapidamente.” 

Resenha da Juliana do blog Praticamente Inofensivo (aqui):
“Reencontros foi um daqueles livros que eu lutei para chegar ao fim, mas que, ao terminar a última página, deixou uma sensação gostosa de “valeu a pena”. É triste, melancólico e absolutamente depressivo em certos momentos, mas deixa uma lição muito bonita: Reencontros acontecem e, como disse um certo cara uma vez, é sempre tempo de recomeçar.” 

É isso galera o/ Agradeço mais uma vez ao pessoal que participou do book tour. Agradeço a autora por ceder o livro. Só por hoje, fim.

A Sombra da Serpente - Rick Riordan.

Título: A Sombra da Serpente.
Original: The Serpent's Shadow.
Autor: Rick Riordan.
Editora: Intrínseca.
Nota: 5/5 <3

Sadie e Carter são importantes descendentes da Casa da Vida, uma sociedade secreta de magia estabelecida no Egito ainda no tempo dos faraós. Os irmãos sabem que sua herança ancestral lhes reserva um importante papel: seus poderes são fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do universo. Mas, uma vez instalado, o Caos é imprevisível, incalculável e incontrolável, e agora que Apófis está livre os Kane têm somente três dias para evitar que a serpente destrua o planeta. Como se isso não bastasse, a sorte deles parece só piorar. Os magos estão divididos. Alguns deuses egípcios estão enfraquecendo e, um a um, começam a desaparecer. Walt, um dos mais talentosos combatentes da Casa do Brooklyn, foi amaldiçoado, e sua energia vital está se esvaindo. Zia agora é responsável por Rá, o deus sol, que está completamente senil e não será de grande ajuda. Sadie e Carter, ao lado de alguns jovens magos e uns poucos aprendizes, são os únicos dispostos a enfrentar a serpente e salvar o mundo. (SKOOB)

Eu nem sei mais o que falar sobre os livros do Rick Riordan. Acho que ele provavelmente tem algum parentesco com essas divindades mitológicas apresentadas em seus livros. É a única explicação lógica para que esse autor só escreva livros ótimos - por enquanto, é bom ele nunca tentar me decepcionar com alguma série meia boa. Vamos a resenha.

AVISO: Essa resenha pode contém alguns spoilers dos dois primeiros livros, A Pirâmide Vermelha e O Trono de Fogo. Então, leia por sua própria conta e risco.

Bem, no segundo livro nossos amiguinhos já estavam cientes dos planos da cobra do Caos, Apófis, e para tentar detê-lo procuraram o , que estava bem estranho e velho quando o encontraram, os deixando sem muitas opções. Nesse terceiro e último livro dos Kane, Sadie e Carter ainda estão a procura de métodos para deter o apocalipse provocado por Apófis, que acontecerá dali alguns dias. Será que eles vão conseguir? E os dramas amorosos, serão resolvidos? E os outros magos inimigos que querem atacá-los também? Não se preocupe, em 343 páginas dá tempo de tudo isso se resolver.

Já falei e sempre acabo repetindo que adoro a escrita e os livros do Rick. Tudo flui naturalmente, muito bem escrito. Adoro como ele consegue mesclar as partes sérias com uma pitada de ironia e humor. Me divirto muito lendo os livros dele. Ok, apesar de eu ter me apaixonado completamente pelas Crônicas dos Kane agora, nem sempre foi assim. No começo achei tudo muito estranho, por conta de uma nova mitologia e tudo mais, porém acabei sendo fisgada de qualquer maneira. Nem tenho mais elogios para essa série. Tem poucas páginas, pelo menos tem uma menor quantidade delas quando comparado aos dois primeiros livros, mas dá tempo de tudo mesmo. Me surpreendi em várias partes, fiquem até inconformada em outras e até lancei algumas pragas ao autor por me deixar querendo mais no final do livro. Falando no final, o autor deixou um bom gancho para mais aventuras, talvez até role uma visitinha a outra série dele, quem sabe. Só nos resta torcer, acho que seria maravilhoso.

Uma coisa que vale ressaltar: o Rick não fica de blábláblá no começo do livro. Nada de "anteriormente em", sem muitas explicações. O livro já começa com muita ação, os Kane lutando e tentando salvar tudo (e algumas coisas tanto erradas, é claro, senão não teria graça). Isso é o que eu mais gosto nos livros dele. Já começa com ação, sem muito mimimi. Fiquei com medo de que nada desse certo para eles no final. Temi por eles na batalha contra Apófis e não acreditava muito nos planos loucos dele. Se deu certo? Poxa, leia e veja. Mas você provavelmente já tem em mente o que vai acontecer, não é?

A narração ainda continua sendo intercalada entre os irmãos Kane e não, não conseguiu nutrir muito carinho pela Sadie ainda. Sei que as sacadas dela são as melhores, adoro toda a ironia presentes em suas falas, porém ainda a acho muito estranha e egoísta. Fiquei inconformada com ela em uma das partes do livro, queria dar um tapa na cara dela para aprender. Quando seus problemas se resolvem sozinhos, levante as mãos e agradeça. Só que Sadie sempre acha defeito em alguma coisa. Ela até me lembra um pouco... eu (?). Estranho isso. Na verdade não é só com ela que tenho problemas, mas sim com as protagonistas femininas (em geral) dos livros do Rick Annabeth me tirava do sério, menina chata. Apesar de tudo, o que mais me irrita na Sadie é o drama amoroso dela. Ok, talvez sejam os romances que deixam a trama mais 'real', tudo bem. Só que eu achei muito irritante todo esse triângulo amoroso Walt/Sadie/Anúbis.

O Carter é um bobão, assumo, porém gosto demais dele. Muitas acho que ele não tem a devida atenção nos livros. Isso provavelmente ocorre porque a Sadie me irrita, enfim. Ele amadureceu em muitos aspectos (sua irmão também, aliás), principalmente na questão de liderança e assumir as responsabilidades que lhe foram impostas. Adorava quando ele assumia aquele avatar de guerra e se 'transformava' em um guerreiro gigante. Foi meu personagem favorito da trilogia.

Apesar de não gostar do triângulo amoroso, eu adoro o Anúbis. Ele não aparece tanto nos livros, mas sempre que aparece ajuda a Sadie e acho isso muito bonito da parte dele (?). Considerando que ele é um deus, eles geralmente não são tão... legais. O Walt é chato, sem charme e me lembrava um zumbi. Coitado, sei da situação estranha dele e ficava com pena, porém o pessoal o descrevia de uma maneira que parecia esmo que ele estava virando um morto-vivo. Medo. Ainda tem a Zia, que eu adoro apesar de ser uma personagem bem fria oh, que ironia!. Vale a pena falar de todo o pessoal lindo da Casa do Brooklyn, principalmente o Félix e seus pinguins lindinhos.

A mitologia estava impecável, mais uma vez. Realmente acabei me encantando com os egípcios. Vou sentir saudades dos deuses das Terras Ensolaradas e até mesmo daqueles outros mais chatos. Então mordo minha língua: no começo falei que preferia a grego/romana, mas agora está tudo equilibrado aqui no meu coração literário. Até me atrevo a falar que a mitologia egípcia está com alguns pontinhos a frente. Coisa básica.

"O velho se afastou dançando e segurando a guloseima. Era o avô senil de Zia? Não. Aquele era Rá, o deus sol, primeiro faraó divino do Egito e arqui-inimigo de Apófis. Na última primavera havíamos partido em uma missão para encontrá-lo e despertá-lo de seu sono crepuscular, convencidos de que ele se levantaria em toda a sua glória e lutaria por nós contra a serpente do Caos. Em vez disso, Rá acordou senil e demente. Ele era ótimo em comer biscoitos, babar e cantar músicas sem sentido. Lutar contra Apófis? Nem tanto." (Página 59-60)

Resumindo: AMEI! Claro que recomendo essa série, assim como as outras desse autor. O livro foi muito bacana, adorei todo do dilema do Caos versus Maat. Mal terminei e já quero ler sobre eles outra vez. Rick Riordan, por favor, nunca pare de escrever livros maravilhosos que contenham realidade com mitologia e fantasia - além de muitas cenas de ação, é claro. É isso, nem sei mais o que dizer. Leiam agora! Fim.

 
Layout de Giovana Joris