A Princesa Leal - Philippa Gregory.

Título: A Princesa Leal.
Original: The Constant Princess.
Autora: Philippa Gregory.
Editora: Record.
Nota: 4/5.

No imaginário popular, Catarina de Aragão é vista como a rainha desprezada por Henrique VIII, a nobre trocada por Ana Bolena, plebéia da corte dos Tudor. Philippa Gregory, autora de A irmã de Ana Bolena, recria a infância e a juventude da infanta de Espanha. Criada no palácio de Alhambra, em Granada, Catarina fora prometida aos três anos de idade a Artur, príncipe de Gales. No entanto, a morte prematura do jovem após o casamento, fez com que Catarina se unisse a Henrique VIII, irmão mais novo de Artur. A partir de um dos episódios mais singulares da história inglesa, Phillipa Gregory nos oferece uma romance delicioso. (SKOOB)

Não sei se já perceberam que eu raramente leio romances históricos e é por isso que há poucas resenhas desse gênero aqui no blog. O motivo? Sei lá, tem algo neles que me irrita profundamente e me deixa maluca. Talvez seja apenas mais uma das minhas paranoias literárias. Enfim, eu queria ler os livros da Philippa já fazia um tempinho e resolvi tentar a sorte. Foi uma boa leitura, porém me irritei assim mesmo – e muito!

O livro conta sobre Catarina de Aragão, a filha do casal poderoso da Espanha que foi prometida em casamento ao príncipe Artur que é filho do rei da Inglaterra, Henrique (o pai). Bom, resumindo, ela se casou com o querido Artur e estava tudo bem até que ele morre em virtude de uma doença. Tadinho! Mas ela não aceita que seu destino não seja cumprido e fará de tudo para ser a Rainha da Inglaterra, até mesmo se casar com o irmão de seu falecido marido - assim como ela tinha prometido a ele -, Henrique (esse sim o das seis mulheres, argh).

Eu gostei, achei toda a trama interessante, misturando a história dos Tudors com um pouco de ficção. A narrativa é em primeira pessoa em alguns pontos, sendo narrado pela Catarina, e em outros (na maioria das vezes) em terceira pessoa. Gostei por ter dado ênfase na Catarina, já que todo mundo sempre lembra mais da Ana Bolena do que dela. Têm partes mostrando o quanto ela era religiosa e admirava sua mãe mais que tudo. Esses momentos me estressavam um pouco, mas depois acabei me acostumando a eles. Não tinha outra saída mesmo. Não eram ruins, só um pouco... estressantes.

Um ponto negativo que encontrei foi que no meio do livro as coisas ficaram bem monótonas e parecia que por mais que eu virasse as páginas, eu ainda estava na mesma parte. Ou talvez eu é que sou impaciente e quero que tudo aconteça logo (?). De resto ocorreu tudo bem, a escrita da autora é boa e tudo mais. Confesso que me perdi com os sobrenomes das pessoas e o que elas faziam lá na corte. Era uma baderna aquele lugar, sério. A parte mais política e de guerras também foi entediante para mim. Justo a minha pessoa que gosta tanto de guerras (?). Enfim, não foi nada que estragasse taaanto a minha leitura.

Gostei mesmo foi da Catarina. Sei que detesto falar de personagens que foram reais (?), mas vou fingir que não foram e falarei apenas dos ‘imaginários’ (???). Catarina era uma mulher fiel a sua causa e ao seu marido, Artur. Ele a fez prometer em seu leito de morte que se casaria com seu irmão e seria rainha. Assim ela fez. Senti pena dela, as coisas não foram fáceis e Henrique (o filho/seis mulheres) não merecia esta mulher como sua primeira esposa, ela era muita areia pro caminhão dele. Determinada, crente e tinha sangue frio, estava sempre vendo que as coisas não iam bem só que nada abalava sua expressão neutra e tranquila. Ela e Artur eram um casal perfeito. Passaram por maus momentos no começo, brigaram e talz, mas tudo ficou bem. Uma pena ele ter morrido, o destino foi muito cruel com ela. Henrique VIII (o filho) até que tinha um afeto por ela no começo, entretanto era jovem e ela estava envelhecendo, então ele tinha suas amantes. Eu o odiei. No começo eu odiei a Ana Bolena também, apesar de ela nem aparecer direito, só que depois a minha raiva foi totalmente canalizada para ele. Chega, sem mais palavras sobre ele.

Resumindo: recomendo, claro. Espero que possam gostar tanto da querida Catarina como eu gostei e odiar profundamente o Henrique (o filho e o pai também). Isso é tudo, vou tentar ler mais romances históricos e ver como posso controlar minha raiva (?). Fim.

3 comentários:

Glaucea Vaccari disse...

Também não sou muito fã de romances históricos =/
Esse livro eu até acho um pouco interessante por causa dessa história dos Tudors, não sei como fica misturado com ficção, mas enfim, eu acho a história dos Tudors interessante.
Mas não pretendo ler esse livro. Pelo menos não muito em breve.
Bjo

The Lazy Girls disse...

Oi Vanessa ;)
Eu até gosto de romances históricos, mas também não leio muitos (vai entender? rs)
Pra falar a verdade acho que nunca resenhei nenhum...
Gostei da sua resenha (vc me faz rir muito!) tbm achei legal o fato do destaque ser da Catarina de Aragão todo mundo só sabe falar da Ana neh? (eu nem adoro o filme "A Outra" sabe? rs)
Se tiver chance lerei sim!

Tem resenha nova lá no blog, quer ler?
Desde já obrigada!

Fallen In Me
- PatyScarcella

Janna disse...

Oi Van eu morro de vontade de ler livros da Philippa, e apesar de ler poucos livros históricos eu adoro...adorei sua resenha me deixou super curiosa para conhecer a Catarina e odiar o Henrique.

Parabéns pela resenha...

BjOs!!!

@jannagranado
http://livrospuradiversao.blogspot.com.br

 
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