Título: O
Príncipe da Névoa.
Original:
El Príncipe de La Niebla.
Autor:
Carlos Ruiz Zafón.
Editora:
Suma de Letras.
Nota:
3/5.
A nova casa dos Carver é cercada por mistério. Ela ainda respira o espírito de Jacob, filho dos ex-proprietários, que se afogou. As estranhas circunstâncias de sua morte só começam a se esclarecer com o aparecimento de um personagem do mal - o Príncipe da Névoa, capaz de conceder qualquer desejo de uma pessoa, a um alto preço. (SKOOB)
Esse foi o segundo livro que eu li do autor, o primeiro foi Marina que eu simplesmente adorei. Não estava com expectativas tão altas, porém mesmo assim minha leitura não foi totalmente proveitosa. Talvez eu estivesse com expectativas um pouco acima da média, sei lá, enfim, acontece (?).
O
livro fala sobre Max Carver, um
garotinho que se muda com sua família para um novo lugar, uma nova casa,
praticamente um novo mundo pra ele. No começo parece um pouco estranho, mas
eles começam a se acostumar com tudo. Até que coisas assustadoras começam a
acontecer. Sua irmã mais velha tem uns sonhos estranhos, sua irmã mais nova
adotou um gato perdido que parece um tanto sombrio e o próprio Max parece ver
coisas fora da realidade. E assim começa a aventura deles por lugares que os
levarão até o Príncipe da Névoa. É,
que sinopse horrível, mas eu não sabia o que falar, vamos ignorar esse
parágrafo.
Bom,
o livro é voltado mais para o público infanto juvenil, porém não deixa de ter
um tom bem sombrio e assustador. A narração é feita em terceira pessoa, onde
acompanhamos principalmente os passos de Max, que é o protagonista dessa trama,
por assim dizer. A trama é boa e, apesar do livro ser pequeno, consegue se
manter assim por quase todo o livro. O começo é bem mais intrigante, com todo o
mistério e perguntas sem respostas, porém quando de fato tudo começou a se
resolver eu achei que as coisas esfriaram um pouco e pareceu ficar tão
cansativo que não via à hora de acabar. De verdade, não estou brincando, sempre
falo a verdade. Entretanto, o livro tem pontos muito bons e não foi uma leitura
desperdiçada. Gostei muito de toda a história por trás do Príncipe da Névoa,
apesar de ter esperado mais, e de como isso se entrelaçou com a de Max e sua
família. No começo achava que não seria possível fazer uma ligação entre eles,
mas depois foi ficando tudo muito mais claro e achei satisfatório. É infanto
juvenil, sei que não deve se esperar algo tão complicado, mas minha mente
literária funciona desse jeito (?).
De
ponto negativo foi só esse mesmo, que perdeu um pouco o ritmo no meio do livro,
quando já estava quase se aproximando do final. O final em si foi bom, eu não
estava esperando que aquilo de fato acontecesse, então me surpreendeu de uma
forma positiva. Gostei.
Max é um garoto muito
corajoso. Ele vai aos lugares e tenta de todas as maneiras descobrir o que está
acontecendo ali. Eu não sei se sou tão corajosa assim, acho que só mudaria de
casa de novo e acabou. Sou medrosa, sei não. Enfim, achei o personagem muito
bacana e sempre prestativo. Corajoso também, como já citei acima. A irmã mais
nova dele aparece pouco, já que acontece uma coisa que a impossibilita de
aparecer muito, porém achei que ela bem que poderia ter uma aparição maior,
gostei dela. A irmã mais velha, Alicia,
era mais fechada, sorria pouco e só depois se propôs a ajudar o irmão. Acho que
o fato de que Roland, o novo amigo mais velho de Max, ter aparecido e tudo
mais, ajudou para que ela fosse descobrir esse mistério junto com o irmão.
Gostei dela, Alicia muda do começo do livro até o final e eu fiquei com uma
pontada de pena dela no final, tadinha. Roland
é uma parte crucial do livro. Ele vira amigo do Max e mostra toda a cidade pra
ela, principalmente o farol, onde seu avô
fica de guarda o tempo todo. Além do misterioso farol, ainda tem um barco
afundado e um ‘cemitério’ de estátuas
que é de arrepiar. Fiquei com um pouco de medo desse último.
Resumindo:
eu achei o livro bom, apesar de alguns pontos negativos que acabei encontrando,
mas no geral foi bacana. Recomendo, claro. Acho que é isso por hoje, nada mais
a comentar, fim.