Título: A
Maldição do Tigre.
Original:
Tiger’s Curse.
Autora:
Colleen Houck.
Editora:
Arqueiro.
Nota:
3/5.
Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço. Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem. (SKOOB)
Ouvi
tanto sobre este livro nos encontros do Clube do Livro que já estava achando
que nem precisava ler todo o livro e que já sabia toda a trama. Mas eu
perseverei e li. Eu diria que é um livro interessante e que poderia ter sido
melhor se a protagonista não fosse tão insuportável.
O
livro conta sobre Kelsey, uma menina que arranjou um emprego temporário no
circo e acabou se apaixonando pela estrela principal da trupe, o tigre branco.
Ela até lia histórias para ele! Que louca. Enfim, um dia um senhor diz a ela
que vai levá-lo para a Índia e quer que ela vá junto. Eu não iria aceitar
nunca, vai que ele é um louco e a sequestra, mas ela aceitou. Lá ela acaba
descobrindo que o tigre é na verdade um príncipe, Alagan Dhiren Rajaram, ou Ren
para os íntimos. Ele e o irmão foram amaldiçoados e desde então permanecem como
tigres. Podendo se transformar em humanos novamente por apenas alguns minutos
ao dia. Kelsey também descobre que é a única que pode ajudá-lo a quebrar a
maldição e acaba entrando nessa jornada. É praticamente isso.
Gente,
se um tigre se transformasse em homem na minha frente, eu sairia correndo. Se
um senhor desconhecido me convidasse para ir até a Índia levar o tigre dele, eu
também sairia correndo. Mas a Kelsey é uma protagonista e sabemos que elas
tomam decisões estranhas e esta resultou nesse livro (?).
É
um livro interessante, tem um lance de mitos hindus muito bacanas. Não me
fisgou por completo, mas eu gosto desse lance de deusas e afins, então ta
valendo (?). A narração é em primeira pessoa, feita pela Kelsey. A autora tem
uma escrita boa e a trama é bacana, o que me deixou com um pouco de curiosidade
a respeito dos outros livros da série.
Um
dos pontos negativos que eu encontrei, foi que demorou a chegar às partes com
mais ação. Tem um ritmo lento, eles passam muito tempo apenas descobrindo
algumas coisas menores e até mesmo na floresta, mas nada que fosse de muito
impacto. As cenas mais tensas nem taaaanto assim foram as partes finais,
quando eles precisam fazer uma ‘missão’ juntos. Fora isso, o livro foi bem
parado, principalmente o começo. Eu não aguentava mais ler sobre ela
conversando com o tigre na jaula, sério. Outra coisa que me incomodou foi a
protagonista e a capacidade dela de pensar/fazer bobeiras. Está no DNA das
protagonistas fazem isso, eu ainda não encontrei outra explicação para isso
(?).
Personagens
foram complicados, vou começar pelos que eu gostei. Eu decidi que serei de team nenhum, apesar de eu ter gostado um
pouco mais do Kishan. Ele é mais
espontâneo e engraçado, gostei das poucas partes em que ele aparece. Porém, não
cai de amores por ele, o achei um pouco convencido demais. O que não é o caso
do Sr. Kadam, um velhinho simpático
e humilde. Muito bacana o fato dele se envolver com essa maldição e tentar
ajudar os irmãos a se livrar dela. Ainda bem que ele não era um cara malvado
que queria matar a Kelsey e jogar ela em um beco na Índia, o que não seria de
tão mal assim conhecendo ela como eu conheço após esse livro (?).
Já
os que eu não gostei, a lista é liderada pela Kelsey. Que protagonista mais chata! Como pode ser assim? Não
estava tão irritada com ela no começo. Ela parecia preocupada com o tigre/cara,
porém quando ela começa a pensar demais sobre isso fica paranoica e chata. Não
entendi o que ela estava pensando quando fez o que fez no final do livro. O Ren é um rapaz simpático e todo
cavalheiro. Mas foi o excesso de fofura dele que me fez não gostar tanto assim
do pobre rapaz. Ele tem potencial, vamos aguardar as cenas dos próximos
capítulos (?).
Resumindo: é
um livro interessante, com uma mitologia bacana e tudo mais. Personagens sem
graça e a falta de mais cenas emocionantes de ação não me fizeram aproveitar a
leitura por completo. Mas recomendo, claro, se você está sempre a procura de
uma mitologia nova. É isso por hoje gente, fim.