Título: A
Filha do Louco.
Original: The Madman’s Daughter.
Autora: Megan Shepherd.
Editora: Novo Conceito.
Nota: 3/5.
Juliet Moreau construiu sua vida em Londres trabalhando como arrumadeira - e tentando se esquecer do escândalo que arruinou sua reputação e a de sua mãe, afinal ninguém conseguira provar que seu pai, o Dr. Moreau, fora realmente o autor daquelas sinistras experiências envolvendo seres humanos e animais. De qualquer forma, seu pai e sua mãe estavam mortos agora, portanto, os boatos e as intrigas da sociedade londrina não poderiam mais afetá- la... Mas, então, ela descobre que o Dr. Moreau continua vivo, exilado em uma remota ilha tropical e, provavelmente, fazendo suas trágicas experiências. Acompanhada por Montgomery, o belo e jovem assistente do cirurgião, e Edward, um enigmático náufrago, Juliet viaja até a ilha para descobrir até onde são verdadeiras as acusações que apontam para sua família. (SKOOB)
Esse
livro já estava aqui em casa fazia algum tempo, porém não conhecia me animar o
suficiente para lê-lo. Eis então que eu estava procurando alguns vídeos sobre
livros e afins no Youtube e encontrei
uma menina que estava falando super bem do livro. Pronto, encontrei minha deixa
para lê-lo. Agora vamos à resenha.
O
livro conta sobre Juliet Moreau, que
construiu sua vida em Londres trabalhando na parte de limpeza de uma Universidade
de Medicina e tentando esquecer todo o escândalo que arruinou a sua reputação e
a de sua mãe. Seu pai foi acusado de fazer experiências cruéis envolvendo
humanos e animais, porém nunca chegou de fato a ser provado que ele fez aquilo.
De todo jeito, seu pai e sua mãe estão mortos agora, portanto nada mais pode
afetá-la a respeito disso... até que ela descobre que sei pai não está vivo, na
verdade ele está muito bem vivendo numa ilha tropical distante e provavelmente
fazendo suas terríveis experiências. Ela então vai acompanhada por um jovem
conhecido, Montgomery até essa ilha,
que consegue ser ainda pior do que ela pensava e agora vai ter que descobrir a
fundo se as acusações são verdadeiras e se forem, o quão longe seu pai pode
chegar nas suas pesquisas.
Uh,
medinho. Eu adoro livros que tenham esse lance de genética, ciências e
experiências, apesar de ser detestável na vida real, claro, eu acho que isso dá
uma diferencial aos livros e nos faz questionar várias coisas. A trama é muito
bacana, devo admitir. Gostei de ser centrado nesse ponto das experiências e da
Juliet tentando descobrir se esses boatos são verdadeiros ou não. Ela tem uma
luta interna na qual ao mesmo tempo repudia isso, consegue ver alguma coisa
geniosa em tudo isso caso seja verdade. Super estranho, mas depois começa a
fazer sentido tudo isso. Começou muito bem, vemos a Juliet e como está a vida
dela depois de muito depois após o escândalo. Ela pensava estar sozinha no
mundo até que encontra Montgomery, um jovem que morava com ela e seus pais e
ajudava o Doutor Moreau no laboratório, e ele lhe diz que seu pai está vivo.
BUM, daí começa o livro de verdade. Muitas reviravoltas, mistérios e segredos
muito bem guardados. Tudo isso foi muito bacana e eu gostei, consegui me
envolver na trama e o livro não saia da minha cabeça. Quando o largava estava
sempre pensando em mil e uma teorias, o que poderia estar acontecendo, o que
era verdade, o que era mentira e com quem ela deveria ficar. Muitas coisas,
minha mente trabalhou bastante durante essa leitura e isso foi muito bom.
Só
que teve algumas partes que me incomodaram bastante. Primeiro, eu não consegui
visualizar e entender direito essas experiências que eles acusavam o pai dela,
ela fala muito pouco sobre isso, queria saber mais, queria flashback, sei lá.
Quando ela está na ilha, as coisas começam a ser descobertas e eu a achei tão tranquila
em relação a tudo, eu estava completamente surtando e xingando todo mundo. Teve
também algumas partes que deixaram o livro mais lento, parecia que não ia
acabar nunca e isso me deixou triste. É um livro bom, porém algumas partes
poderiam ter sido melhores. Eu gostei do final, apesar dos pesares, consegui
entender as várias partes e fiquei curiosa para saber o que vai acontecer no
segundo livro da trilogia. Espero que seja algo bom.
O
que me deixou com muita raiva também foi o triângulo amoroso, sim, tem todo um
drama amoroso nesse livro. Geralmente eu tento ficar tranquila em relação a
isso, já que sempre gosto mais do casal que não vai ficar junto, mas nesse eu
fiquei com muita raiva. A Juliet era
tão indecisa, quando tava com um, pensava no outro e daí eu falava ‘se decida
mulher, para de babaquice’. Daí, apesar de tudo que aconteceu e de ter
eliminado um concorrente da jogada, pelo menos eu eliminaria ele, ela ainda
tava confusa. Que isso gente, para com essas coisas, se decida e seja feliz na
vida (?). Então essa indecisão dela me deixou com raiva. Ela também tinha uma
indecisão sobre as tais experiências, ela tinha curiosidade, porém ao mesmo
tempo repudiava. Chegava até ser contraditório tinha horas, bem complicado
isso. Eu adorei o Montgomery, então
ele era meu favorito a concorrer ao coração da Juliet, mas ele também tem seus
defeitos e segredos, e isso me fez questionar um pouco meu amor por ele. Ainda
assim continuo gostando dele, ainda mais depois do final. Tem o Edward, que é um náufrago que eles
encontraram a beira da morte quando estavam navegando até a ilha, ele foi com
eles e também participa do triângulo das bermudas amoroso. No começo eu
gostava de todo o ar misterioso em volta dele, porém comecei a me irritar com o
passar na trama e no final já não aguentava mais ler o nome dele nas páginas.
Sério, a que ponto cheguei (?). O pai da Juliet é muito esquisito. Ele tem
aquela personalidade de gênio, que acha que sabe tudo e pode fazer tudo o que
quiser, as pessoas da ilha o tratam como um ser superior e divino, e isso me
irritou. Espero que ele tenha uma morte lenta e dolorosa, é isso ai.
Resumindo: apesar
de alguns pontos terem feito a minha leitura não ser tão boa quanto eu estava
esperando, eu gostei do livro e achei que a trama ainda tem muito a revelar,
então estou curiosa para o segundo volume, cujo título em inglês é ‘Her Dark Curiosity’, que eu não sei se
será lançado aqui, não ouvi rumores sobre isso, se souberem me contem. Esqueci
de comentar, mas o livro é baseado em outro livro, que é A Ilha do Dr. Moreau, de H.G.
Wells. E gente, as capas dos três livros são lindas, só isso já da vontade
de tê-los na estante. É isso, só por hoje, fim.
3 comentários:
Olá,
Eu já tinha ouvido falar desse livro, mas nunca tive interesse de ler, não faz muito meu estilo de leitura, por isso não me interessei bastante!
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Esse livro ainda não tenho na estante, uma amiga minha que leu gostou muito.ótima resenha!
Bjs
http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/
Ai infernito, porque os autores adoram enfiar triângulos amorosos na história? Poxa, a história já tem tanto peso, tantos detalhes pra desenvolver, não precisa inventar algo tão desnecessário também! Mas enfim... Eu também sou super apaixonada por genética, e pela capa eu não faria ideia do que se trata o livro. Mesmo porque convenhamos que não tem nada a ver né, até esse nome é meio ble g_g mas adoreei sua resenha, eu realmente não tinha me interessado por essa obra até então, mas só de saber das experiências me deixou pulando aqui *-* Por um lado é ruim não terem abordado muito esses experimentos, porque afinal é o assunto principal, mas por outro se tivesse maiores descrições acho que ia dar um pouco de aflição kkk
Aaah, acho que você não viu, e eu esqueci de avisar. Li um livro por indicação do seu blog! Tá aqui a resenha: http://caverna-literaria.blogspot.com.br/2015/02/desafio-de-generos-ficcao-cientifica.html :D
xx Carol
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