A Sombra da Serpente - Rick Riordan.

Título: A Sombra da Serpente.
Original: The Serpent's Shadow.
Autor: Rick Riordan.
Editora: Intrínseca.
Nota: 5/5 <3

Sadie e Carter são importantes descendentes da Casa da Vida, uma sociedade secreta de magia estabelecida no Egito ainda no tempo dos faraós. Os irmãos sabem que sua herança ancestral lhes reserva um importante papel: seus poderes são fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do universo. Mas, uma vez instalado, o Caos é imprevisível, incalculável e incontrolável, e agora que Apófis está livre os Kane têm somente três dias para evitar que a serpente destrua o planeta. Como se isso não bastasse, a sorte deles parece só piorar. Os magos estão divididos. Alguns deuses egípcios estão enfraquecendo e, um a um, começam a desaparecer. Walt, um dos mais talentosos combatentes da Casa do Brooklyn, foi amaldiçoado, e sua energia vital está se esvaindo. Zia agora é responsável por Rá, o deus sol, que está completamente senil e não será de grande ajuda. Sadie e Carter, ao lado de alguns jovens magos e uns poucos aprendizes, são os únicos dispostos a enfrentar a serpente e salvar o mundo. (SKOOB)

Eu nem sei mais o que falar sobre os livros do Rick Riordan. Acho que ele provavelmente tem algum parentesco com essas divindades mitológicas apresentadas em seus livros. É a única explicação lógica para que esse autor só escreva livros ótimos - por enquanto, é bom ele nunca tentar me decepcionar com alguma série meia boa. Vamos a resenha.

AVISO: Essa resenha pode contém alguns spoilers dos dois primeiros livros, A Pirâmide Vermelha e O Trono de Fogo. Então, leia por sua própria conta e risco.

Bem, no segundo livro nossos amiguinhos já estavam cientes dos planos da cobra do Caos, Apófis, e para tentar detê-lo procuraram o , que estava bem estranho e velho quando o encontraram, os deixando sem muitas opções. Nesse terceiro e último livro dos Kane, Sadie e Carter ainda estão a procura de métodos para deter o apocalipse provocado por Apófis, que acontecerá dali alguns dias. Será que eles vão conseguir? E os dramas amorosos, serão resolvidos? E os outros magos inimigos que querem atacá-los também? Não se preocupe, em 343 páginas dá tempo de tudo isso se resolver.

Já falei e sempre acabo repetindo que adoro a escrita e os livros do Rick. Tudo flui naturalmente, muito bem escrito. Adoro como ele consegue mesclar as partes sérias com uma pitada de ironia e humor. Me divirto muito lendo os livros dele. Ok, apesar de eu ter me apaixonado completamente pelas Crônicas dos Kane agora, nem sempre foi assim. No começo achei tudo muito estranho, por conta de uma nova mitologia e tudo mais, porém acabei sendo fisgada de qualquer maneira. Nem tenho mais elogios para essa série. Tem poucas páginas, pelo menos tem uma menor quantidade delas quando comparado aos dois primeiros livros, mas dá tempo de tudo mesmo. Me surpreendi em várias partes, fiquem até inconformada em outras e até lancei algumas pragas ao autor por me deixar querendo mais no final do livro. Falando no final, o autor deixou um bom gancho para mais aventuras, talvez até role uma visitinha a outra série dele, quem sabe. Só nos resta torcer, acho que seria maravilhoso.

Uma coisa que vale ressaltar: o Rick não fica de blábláblá no começo do livro. Nada de "anteriormente em", sem muitas explicações. O livro já começa com muita ação, os Kane lutando e tentando salvar tudo (e algumas coisas tanto erradas, é claro, senão não teria graça). Isso é o que eu mais gosto nos livros dele. Já começa com ação, sem muito mimimi. Fiquei com medo de que nada desse certo para eles no final. Temi por eles na batalha contra Apófis e não acreditava muito nos planos loucos dele. Se deu certo? Poxa, leia e veja. Mas você provavelmente já tem em mente o que vai acontecer, não é?

A narração ainda continua sendo intercalada entre os irmãos Kane e não, não conseguiu nutrir muito carinho pela Sadie ainda. Sei que as sacadas dela são as melhores, adoro toda a ironia presentes em suas falas, porém ainda a acho muito estranha e egoísta. Fiquei inconformada com ela em uma das partes do livro, queria dar um tapa na cara dela para aprender. Quando seus problemas se resolvem sozinhos, levante as mãos e agradeça. Só que Sadie sempre acha defeito em alguma coisa. Ela até me lembra um pouco... eu (?). Estranho isso. Na verdade não é só com ela que tenho problemas, mas sim com as protagonistas femininas (em geral) dos livros do Rick Annabeth me tirava do sério, menina chata. Apesar de tudo, o que mais me irrita na Sadie é o drama amoroso dela. Ok, talvez sejam os romances que deixam a trama mais 'real', tudo bem. Só que eu achei muito irritante todo esse triângulo amoroso Walt/Sadie/Anúbis.

O Carter é um bobão, assumo, porém gosto demais dele. Muitas acho que ele não tem a devida atenção nos livros. Isso provavelmente ocorre porque a Sadie me irrita, enfim. Ele amadureceu em muitos aspectos (sua irmão também, aliás), principalmente na questão de liderança e assumir as responsabilidades que lhe foram impostas. Adorava quando ele assumia aquele avatar de guerra e se 'transformava' em um guerreiro gigante. Foi meu personagem favorito da trilogia.

Apesar de não gostar do triângulo amoroso, eu adoro o Anúbis. Ele não aparece tanto nos livros, mas sempre que aparece ajuda a Sadie e acho isso muito bonito da parte dele (?). Considerando que ele é um deus, eles geralmente não são tão... legais. O Walt é chato, sem charme e me lembrava um zumbi. Coitado, sei da situação estranha dele e ficava com pena, porém o pessoal o descrevia de uma maneira que parecia esmo que ele estava virando um morto-vivo. Medo. Ainda tem a Zia, que eu adoro apesar de ser uma personagem bem fria oh, que ironia!. Vale a pena falar de todo o pessoal lindo da Casa do Brooklyn, principalmente o Félix e seus pinguins lindinhos.

A mitologia estava impecável, mais uma vez. Realmente acabei me encantando com os egípcios. Vou sentir saudades dos deuses das Terras Ensolaradas e até mesmo daqueles outros mais chatos. Então mordo minha língua: no começo falei que preferia a grego/romana, mas agora está tudo equilibrado aqui no meu coração literário. Até me atrevo a falar que a mitologia egípcia está com alguns pontinhos a frente. Coisa básica.

"O velho se afastou dançando e segurando a guloseima. Era o avô senil de Zia? Não. Aquele era Rá, o deus sol, primeiro faraó divino do Egito e arqui-inimigo de Apófis. Na última primavera havíamos partido em uma missão para encontrá-lo e despertá-lo de seu sono crepuscular, convencidos de que ele se levantaria em toda a sua glória e lutaria por nós contra a serpente do Caos. Em vez disso, Rá acordou senil e demente. Ele era ótimo em comer biscoitos, babar e cantar músicas sem sentido. Lutar contra Apófis? Nem tanto." (Página 59-60)

Resumindo: AMEI! Claro que recomendo essa série, assim como as outras desse autor. O livro foi muito bacana, adorei todo do dilema do Caos versus Maat. Mal terminei e já quero ler sobre eles outra vez. Rick Riordan, por favor, nunca pare de escrever livros maravilhosos que contenham realidade com mitologia e fantasia - além de muitas cenas de ação, é claro. É isso, nem sei mais o que dizer. Leiam agora! Fim.

9 comentários:

Marina Barcelos disse...

Oi!
Eu nunca li nada do Rick, tenho muita vontade (:
Não li a sua resenha por não ter lido os livros anteriores.
Saudades do teu blog.

Marinah | www.marinahgattuso.blogspot.com.br ♥

(Ava) Amanda V. Almeida disse...

Oi Vanessa, tudo bem?
flor, não li sua resenha completa porque ainda não li esse, mas eu as vezes acho que o Rick só pode ter parentesco mesmo rsrsr. Eu gostei muito do primeiro livro e to tentando arrumar tempo pra ler a sequencia. Assim que ler, volto nesse post e digo direito o que achei.
Abraços,
Amanda Almeida

(Ava) Amanda V. Almeida disse...

Oi Vanessa, tudo bem?
flor, não li sua resenha completa porque ainda não li esse, mas eu as vezes acho que o Rick só pode ter parentesco mesmo rsrsr. Eu gostei muito do primeiro livro e to tentando arrumar tempo pra ler a sequencia. Assim que ler, volto nesse post e digo direito o que achei.
Abraços,
Amanda Almeida

Ju disse...

UIAHuiahUIA
Eu sempre me divirto com suas resenhas, já falei, né?
Se bem que algum parentesco com essas divindades mitológicas explicaria mesmo muita coisa.
Adorei a resenha, e me deu mais vontade de continuar a ler a série, que só li o primeiro livro.

Beijos

Sofia disse...

Já li praticamente todos os livros do Rick, e mesmo cada vez mais ele me surpreendendo, prefiro PJ. Já a mitologia egípcia é uma das que não sou tão fã, rsrs.
De início a Sadie era minha personagem favorita da série, e apesar de gostar bastante da ironia dela, as vezes acho um pouco forçado e nesse último volume o Carter me conquistou mais, hehe! Ah, o Filex é uma graça, ahsuahushau!

Beijão!

Ariane Gisele Reis disse...

Oie Van!

Bem eu não terminei ne der Percy Jackson ainda (vergonha), mas por incrivel que pareça tenho mais vontade de ler essa série do que PJ. A mitologia grega já tá muito batida enquanto a egipcia é pouco usada rs... Quero ver se começo a ler A Pirâmide Vermelha logo.

Beijos e um ótimo domingo para você!
;****


anereis.
mydearlibrary | bookreviews • music • culture
@mydearlibrary

Luara Cardoso disse...

Vanessa, eu NUNCA encontrei uma resenha negativa dos livros do Rick. NUNCA MESMO. E olha que eu já li várias.
Acho mesmo que tá na hora de eu ler algo dele...

Um beijo,
Luara - Estante Vertical

Unknown disse...

Nunca li nada desse autor =/
Mas amei sua resenha. Parabéns!
Quero muito ler esses livros, parecem ser realmente ótimos. Já estava de olho nesse autor há um tempo, e a cada critica que vejo sobre ele só aumenta minha curiosidade para conhecer seus livros.

Beijão!
http://literarioecultural.blogspot.com.br/

Dyana Colares disse...

Eu gostei muito de como terminou a série, só acho que foi meio apressado, mas ok. :D A escrita do Tio Rick sempre é maravilhosa! :D :D :D
Ótima resenha!

Beijos!
www.desejoliterario.com

 
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