Original: The Red Pyramid.
Autor: Rick Riordan.
Editora: Intrínseca.
Nota: 4/5.
Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane. Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas. Logo, Sadie e Carter descobre que os deuses do Egito estão acordando e, o pior deles – Set – tem a sua visão sobre o Kanes. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós. (SKOOB)
Depois
de terminar a série Percy Jackson, eu
fiquei com dó de ler os outros dois livros do Rick Riordan que eu tenho aqui em
casa. Porém, por insistência da minha irmã que já tinha lido, resolvi que
poderia dar uma chance para A Pirâmide
Vermelha e conhecer essa outra série.
O
livro conta a história de dois irmãos, Carter e Sadie. O garoto vive com o pai,
que é um egiptólogo, e viaja para todos os lugares. A garota mora com os pais
de sua mãe (que já morreu) e só vê Carter e o pai uma vez por ano. Em um desses
dias de “visita” que o pai resolve levá-los ao museu, aonde ele brilha, diz
coisas estranhas e some. Depois disso os irmãos ficam sabendo que os deuses do
Egito realmente existem e que o mundo está nas mãos deles. Nada que não aconteça todos os dias na vida de qualquer adolescente, bobeira.
Nem
sei por onde começar essa resenha. Não gosto muito de mitologia, mas os livros
desse autor me fascinam. Não sabia nada sobre mitologia egípcia, nada mesmo,
então foi tudo novo para mim. Fiquei confusa em algumas partes, principalmente
em relação aos deuses e seus hospedeiros, a ligação existente entre eles me
lembrou A Hospedeira, juro. É claro que com o passar do livro foi explicado
melhor sobre tudo, entretanto ainda sinto que perdi alguma coisa.
Tirando
esse pequeno probleminha, o livro é fantástico. A escrita é ótima, muitas
lutas, itens mágicos e deuses loucos – é claro. Adoro o modo como ele mistura
alguns fatos da mitologia real com os que ele cria e eu sinto como se tudo
fosse verdade. É ótimo. Sadie e Carter se intercalam para narrar, dois
capítulos um e depois passa para o outro. Eles contam a história como se
estivessem a gravando e muitas vezes o capítulo começa com eles recordando o
que tinham narrado antes da outra pessoa ou então comentários no meio da
narração. Adorei, porém sou suspeita já que gosto de quando mais de uma pessoa
narra o livro – só não pode ter umas dez pessoas narrando, daí não dá certo eu
acho.
“Mas não parece igual à outra série
dele sobre mitologia grega?” é o que podem estar me
perguntando. Eu não achei. As duas séries são diferentes, com suas próprias
histórias e afins. A única coisa que tem em comum é que falam sobre esses
deuses antigos. Nesse livro até tem algumas indiretas sobre os deuses gregos,
pelo menos foi o que eu senti. Então, a resposta para a pergunta é: não, pelo
menos eu não achei. E, apesar desse primeiro livro ter sido muito bom e sinto
muito problema vindo por ai, ainda prefiro Percy Jackson e os deuses lindos do
Olimpo. Os deuses do Egito me assustaram muito e são totalmente diferente dos gregos, porém isso é bom, me agradou.
Gostei
dos irmãos Kane. No começo ambos
eram um pouco ingênuos e bobos, mas depois que aprenderam sobre a família e
qual o papel deles em toda a trama, melhoraram e ficaram mais interessantes.
Vale ressaltar também que eles não são filhos dos deuses nesse livro. Gostei da
maneira como ele conseguiu mudar e colocá-los como hospedeiros dos deuses. Nem
vou tentar explicar para vocês, é muito complexo, só ia confundir a mim e a
vocês. Voltando a falar dos irmãos. Eu gostava mais quando o Carter narrava, fiquei mais conectada
com ele e sua espada muito sinistra – que era de seu pai. Só que a Sadie narrava as partes mais
interessantes, onde as coisas pegavam fogo. Não que eu não tenha gostado dela,
apenas não a achei tão interessante quando o irmão. Um ponto positivo dela: suas tiradas maravilhosas, adoro protagonistas que tem bom humor. O relacionamento deles é
muito bacana. No começo era estranho, já que Sadie só via o irmão poucas
vezes e nem o conhecia direito. Um sentia inveja da vida do outro e pensava em
como seria se fosse diferente – ela com o pai e ele com uma casa fixa. Depois perceberam que precisavam
ficar unidos e ajudar um ao outro, daí tudo ficou gracinha - eles ainda se provocam e brigam por bobeiras, mas isso é gracinha, é como irmãos são.
Resumindo:
apesar de ter ficado confusa, eu adorei o livro e achei tudo muito bom. Recomendo,
é claro, para todo mundo. Até para quem não leu PJ ainda, já que não tem nada a
ver com essa série. As Crônicas dos Kane
é uma trilogia. O segundo livro é O
Trono de Fogo e o terceiro A Sombra
da Serpente. Já estou lendo loucamente o segundo. Fim.