Original: Oksa Pollock - L'Inespérée.
Autoras: Anne Plichota e Cendrine Wolf.
Editora: Suma de Letras.
Nota: 3/5.
A jovem Oksa Pollock, de 13 anos, era uma estudante que acreditava ser igual a todos os outros. Em certo momento, aflita com o início das aulas na escola nova, Oksa percebe ser a causa de fenômenos estranhos em seu quarto. Um canto da escrivaninha pega fogo, caixas explodem. Ela, que sempre sonhara ser uma ninja, descobre que possui dons sobrenaturais. Confusa e aterrorizada, evita comentar esses fatos com outras pessoas. Estes estranhos acontecimentos vêm acompanhados do aparecimento de uma misteriosa marca em sua barriga. Muito assustada, Oksa conta tudo à avó, a excêntrica Dragomira, que lhe confessa o segredo de suas origens: a família Pollock vem de Edefia, um mundo invisível, escondido em algum lugar na Terra. Oksa descobre ser a Inesperada, a única esperança dos exilados de Edefia de voltarem à terra de origem. Diante das novidades e da missão para a qual foi escolhida, Oksa não será mais a mesma. Mesmo com a ajuda de seu melhor amigo, Gus, descobre o quanto é difícil conciliar a vida escolar normal e cumprir o seu destino. Neste primeiro volume da série de sucesso na França, Oksa Pollock e o mundo invisível apresenta uma narrativa dotada de fantasia e das contradições vividas por uma jovem que descobre subitamente uma realidade que jamais havia imaginado. (SKOOB)
Eu já tinha lido algumas resenhas sobre esse livro, mas assumo que não estava morrendo de vontade de lê-lo. Então chegou o segundo da série aqui em casa e eu decidi ler o primeiro. Ok, não é de todo ruim, foi uma leitura agradável.
O livro fala sobre uma garota chamada Oksa Pollock. Tudo estava relativamente normal na sua vida. Se mudou da França para Londres, foi para uma escola onde tinha que usar saia que ela detestava e ainda por cima tinha um professor que a detestava. Mas ela não é uma garota normal. Começou com bolas de fogos saindo de suas mãos, depois foi a levitação e uma marca estranha surgindo em sua barriga. É ai que ela descobre os segredinhos de sua família e tudo sobre o mundo invisível estranho de onde eles vieram, Edefia. Só para piorar, ela é a maior esperança deles de um dia retornar para a querida terra.
Adorei toda essa trama do mundo invisível e as histórias que contaram sobre ele. Como era dividido, seus povos, as Graciosas e afins. Queria que tivessem mostrado um pouco mais sobre algumas partes pelas quais me interessei, porém acredito que deverá ser explorado nos próximos livros (que eu creio serem apenas três, contando com esse, viva). As autoras falam muito sobre as plantas e criaturas estranhas que eles conseguiram resgatar lá de Edefia. Apesar de ser interessante, eu não consegui entender direito cada uma delas e nem visualizá-las em minha mente. Eram muitas e com os nomes mais estranhos possíveis. Mas assumo que adorei a planta que era totalmente paranoica e em algumas momentos 'desmaiava' do nada. Então apesar de elas terem falado muito sobre as plantas e afins, acho que deveriam colocar em um capítulo no final do livro ou algo do tipo sobre cada uma delas de forma separada para melhor entendimento de pessoas lerdas e sem criatividade como eu. Das criaturas estranhas, eu super adorei os Foldingodos. Eles me lembraram os elfos domésticos de Harry Potter (ain, saudades infinitas) e eu simplesmente adorei eles. Não tem como não adorar.
Uma coisa que me incomodou muito foram as repetições. Falavam a mesma coisa várias vezes em capítulos separados, sabe? Tipo, ela conta a história da Bela e a Fera (?) no segundo capítulo, depois repete tudo no quinto, depois no décimo e assim vai. Entendem? Não havia sempre essas repetições, mas as que tinha me incomodaram um pouco. Outra coisa que me incomodou: o final. Digo, me deixou querendo ler o próximo livro e ver os próximos acontecimentos, entretanto achei um pouco fraco. Poderiam ter feito algo melhor. Mas tudo bem, pelo menos me deixou curiosa para o próximo.
O ponto bom foi que eu gostei dos personagens. A Oksa tem doze/treze anos, ainda está tentando entender tudo isso que foi jogado nas costas dela e fazer o melhor que pode. Claro, ela usa os poderes de forma infantil algumas vezes, porém eu a perdoei. Gostei bastante da personagem e da relação dela com a família e o amigo Gus. Isso foi bem explorado e eu consegui ver eles como uma linda família. O amigo dela, Gus, mudou-se junto com a família dele para Londres também e eles são inseparáveis. Ele é uma gracinha e sempre do lado da Oksa, tentando fazer com que ela não entre em muitas confusões. Entretanto a menina é uma bagunceira, não dá. A avó e os pais dela são bons também, vê-los ajudando ela e tentando entender ainda tudo isso que a filha deles tem que passar foi muito interessante. Só queria ter visto o pai ter em cenas de ação, ele deve ser muito bom. Espero que tenha no segundo livro.
"- Quanto a isso, não é culpa minha - lembrou Oksa, sacudindo os ombros de maneira fatalista - Os Pollock são exagerados por natureza, como se sabe. É o sangue russo... Bom, vou deixar em suspenso minha decisão sobre fazer escândalo e ter crise histérica. Só quero que nos ponham na mesma sala, pelo amor de Deus!" Página 22.
Resumindo: recomendo o livro, apesar de algumas coisas que me incomodaram durante a leitura, creio que a série tem um grande potencial. Adorei. Fim.