Original: Clockwork Angel (The Infernal Devices).
Autora: Cassandra Clare.
Editora: Galera Record.
Nota: 3,5/5.
Anjo mecânico apresenta o mundo que deu origem à série Os Instrumentos Mortais, sucesso de Cassandra Claire. Nesse primeiro volume, que se passa na Londres vitoriana, a protagonista Tessa Gray conhece o mundo dos Caçadores de Sombras quando precisa se mudar de Nova York para a Inglaterra depois da morte da tia. Quando chega para encontrar o irmão Nathaniel, seu único parente vivo, ela descobrirá que é dona de um poder que capaz de despertar uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das forças do submundo. (SKOOB)
Anjo Mecânico foi o primeiro livro dessa autora que eu consegui ler - apesar de ter comprado Cidade dos Ossos, da outra série, faz tempo. 'E qual foi minha experiência' é isso que vocês devem estar se perguntando. Eu respondo: difícil. Porque? Bom, leiam a resenha e saberão - podem não ler também, não brigo.
O livro é uma série anterior a Os Instrumentos Mortais e trás a história de Tessa Gray, a menina que tem um anjo mecânico pendurado no pescoço como uma corrente. Ela tem apenas dezesseis aninhos e precisa atravessar o oceano para ir morar com o irmão, Nathaniel, depois da morte de sua tia. O que ela não esperava era ser raptada pelas irmãs Black e Dark quando desembarcasse em Londres. As duas acabam mantendo ela em sua casa sombria, treinando suas habilidades de transformação, e a tem como um objeto muito valioso para o Clube Pandemônio. Mas, é claro, ela acaba sendo resgatada de lá pelos Caçadores de Sombras e é recebida no Instituto (Xavier). Isso acaba gerando uma caçada por ela por um tal de Magistrado, que vai vai fazer de tudo para tê-la. Além disso também há um monte de pessoas-não-pessoas-talvez-máquinas, os autômatos, e apesar de tudo ainda arranjam tempo para uma love story ou outra. Como eu já disse, eles SEMPRE encontram um tempo.
Então, foi difícil ler esse livro. Uma leitura tensa e carregada, pelo menos para mim. Talvez porque eu ainda não conhecia a escrita da autora e estava com algumas expectativas acima da média, creio que foi exatamente por essa última. Eu sei, eu tenho que parar com essas coisas e apenas ler o livro, sem nada mais. Entretanto, às vezes eu acabo caindo em tentação. Tirando isso (que foi o principal problema da minha leitura), o livro foi bem interessante. Eu não gosto de livros que trazem todos os mundos sobrenaturais juntos, sabem como é? Que tem vampiro, lobisomens, magos, súcubos e tudo o que há de ruim no mesmo pote. Eu gosto deles, porém em livros só deles. Entendem? Não, aposto que não, só que é assim que eu me sinto em alguns livros.
Tirando tudo isso (+1 retomando o que eu estava comentando), o enredo é envolvente e, apesar de não gostar desses sobrenaturais muito juntos, achei o mundo criado por ela bem feito. As descrições Cassandra faz durante o livro são muito perfeitas, só que eu não consegui vê-las direito na minha mente. Mas esse é um problema meu, minha criatividade não estava em alta - eu acho. Enfim, me surpreendi, apesar de ter sido bem difícil nas primeiras páginas. Achei que o começo foi maçante e só na metade as coisas foram sendo mais atrativas. Essa resenha é que está maçante e difícil, né? Sei disso, ta difícil para escrever também. Por isso a minha melhor descrição do livro (para minha pessoa) é: difícil.
Uma ponto do livro que me deixou muito feliz: os personagens. Não, não leram errado, eu realmente gostei dos personagens. Achei todos bem interessante e cada um com uma personalidade tão diferente que não sei qual foi meu favorito. Tessa é uma super protagonista, adorei o jeito dela e de como queria firmemente encontrar o irmão. O 'poderzinho' dela é super show. Eu não queria isso para minha vida, porém achei muito bacana. Will... o que falar dele? Um personagem que pega no pé de todo mundo, sempre encontrando um motivo para irritar as pessoas e tudo isso só me fazia gostar mais dele. Não tem como não gostar, é magnífico ver ele provocando as pessoas. Sem mais palavras. Jem é o mais certinho, educado, amigo e, às vezes, até um pouco entediante. Mas eu gostei dele no geral. Charlotte é realmente a general lá no Instituto e o marido dela, Henry, me lembrou muito o Walter (de Fringe, linda essa série, por favor assistam agora, CORRE!) com suas experiências malucas - apesar de os dois fazerem coisas diferentes, mas enfim, me lembrou.
Vou até mudar de parágrafo para falar da Jessamine. Primeiro: que nome é esse? Segundo: como ela consegue ser tão fresca, irritante e mesmo assim me agradar? Acho que essa Cassandra põe algum feitiço nesses personagens dela, pelo menos o nome dela me lembra alguma feiticeira muito poderosa e malvada - mas daquelas que a gente ama. Adorei, adorei. Sem mais, que personagens dignos.
Resumindo: foi uma leitura difícil por conta das várias expectativas que eu tinha, mas mesmo assim acabou me surpreendendo de um modo bom. Mesmo assim, não chegou a receber minhas quatro estrelinhas ou cinco por conta de outros pontinhos negativos que citei na resenha. Vou continuar essa série e, espero, começar Os Instrumentos Mortais ainda esse ano. Rezem muito, talvez isso aconteça e eu coloque o livro na minha lista. Resumindo (+1 novamente perdendo o fio da meada e colocando coisas demais): é recomendado, acho que quem gostou da outra série provavelmente vai gostar dessa. E não, acho que não é preciso ler a outra e depois ler essa, ou vice-versa. Não vi dificuldades nesse quesito. Anjo Mecânico é o primeiro livro da série As Peças Infernais e foi lançado aqui pela editora Galera Record, assim como a outra série. É isso, final dessa resenha enorme.