O Sangue do Olimpo (Os Heróis do Olimpo #5) - Rick Riordan.

Título: O Sangue do Olimpo.
Original: The Blood of Olympus.
Autor: Rick Riordan.
Editora: Intrínseca.
Nota: 4/5.
Série: Os Heróis do Olimpo #5.

Depois de enfrentarem as mais penosas missões, Percy Jackson e os outros tripulantes do Argo II ainda precisam encarar a pior de todas: chegar a Atenas a tempo de impedir que Gaia, a Mãe Terra, desperte. A Atenas Partenos irá para o oeste, enquanto o Argo II seguirá para leste. Os deuses, ainda sofrendo com a dupla personalidade, não podem ajudar. Como os semideuses conseguirão vencer sozinhos um exército de gigantes e impedir uma guerra entre os acampamentos? A viagem para Atenas é perigosa, mas não há outra opção. Eles já sacrificaram muito para chegar aonde estão. E, se Gaia despertar, será o fim. (SKOOB)

Eis então que terminei mais uma série do Rick Riordan, que emoção. Esse quinto, e último volume, era pra ser lido ainda no final do ano passado quando eu o comprei, porém acabou parando em minhas mãos agora no começo do ano. Vamos a resenha.

ALÔ-ALÔ! Essa resenha contém alguns spoilers dos outros livros da série. Se você quer pular todos eles, só ir para a parte final da resenha no ‘resumindo’ que fica tudo bem. Avisados.

O livro mostra a parte final da jornada dos sete semideuses para tentar destruir Gaia antes que ela destrua o mundo todo. Será que eles vão conseguir? Mistério misterioso (?).

Ah gente, mesmo já um pouco cansada dessa mitologia grega romana (o que não significa que eu não goste dela) e sem lembrar muito dos últimos acontecimentos de A Casa de Hades, eu consegui gostar desse último livro e torcer para todos terem um final feliz. Ok, nem todos, queria mesmo é que o Octavian fosse picado e jogado no Tártaro para todo o sempre. O livro trás mais enfoque no Jason, Piper, Leo, Nico e Rayna, sendo que os três primeiros estão a bordo do Argo II para impedir os planos de Gaia, e os dois últimos estão viajando nas sombras para levar aquela bendita estátua até o Acampamento Meio Sangue de modo que impeça a guerra entre os dois acampamentos. Fiquei feliz por não se focar no Percy e na Annabeth, eles já tiveram um final só deles na série Percy Jackson e os Olimpianos. O autor ainda continua a me impressionar com as diversas situações esquisitas que os personagens enfrentam, aquelas que a gente acha que não será impossível escapar, quase uma missão impossível. Achei muitas partes engraçadas (como sempre) e referências a coisas que eu gosto, o que é sempre bom de encontrar. Foi uma leitura rápida e satisfatória, apesar do que eu vou citar no parágrafo abaixo.

Só achei que a guerra em si contra Gaia foi um pouco fraca, estava esperando mais derramamento de sangue (?), mas foi algo bem tranquilo e isso me decepcionou. O final também poderia ter sido melhor, eu realmente não gostei, nada digno. Talvez o fato de eu não ter gostado foi porque uma personagem que eu não curtia se deu bem, daí é uma coisa muito sofrida. Não é bom isso. Então, por esses motivos a minha leitura não foi maravilhosa. Pouco, mas eu sou assim mesmo, fazer o que (?).

Personagens, preciso falar? Jason e Piper foram dois que eu aprendi a gostar demais nesse livro. Sério, melhor casal de todos, desculpa Percy e Annabeth. Piper super controlada, sambando fácil na cara da Annabeth. Ok, talvez eu tenha que dar um desconto para a Annabeth já que ela vivenciou coisas horrendas lá no Tártaro, mas eu ainda não consigo gostar dela, sinto muito. Percy está mais apagado, já que ele tem a sua própria série já, então muito injusto com os outros se o seu destaque fosse supremo. Mesmo assim ele é útil, claro. Hazel e Frank também estão mais em segundo plano, mas o poder dela com a Névoa e o dele de se transformar em diversas coisas são essenciais para os contratempos que acharam no caminho. Leo, eu costumava gostar dele, mas depois de ter se perdido na ilha e se apaixonado pela Calipso, só pensa e fala nela. Não é o tempo todo, mas eu não curti muito esse lance dos dois. Enfim, ainda gosto dele e das suas piadas idiotas. Nico e Reyna merecem um destaque enorme, muito digno a participação deles nesse último livro. Eles pegaram uma missão complicada, mas mesmo assim foram em frente e não desistiram. Quero um spin off com livros da Reyna como principal, pra já <3


Resumindo: eu gostei bastante, apesar dos pesares. Indico, claro, óbvio, nem precisava ter falado isso, adoro os livros do Rick. To com saudades das Crônicas dos Kane, vontade louca de reler. Enfim, é isso, até o próximo livro mitológico do Rick, que vai falar um pouco sobre mitologia nórdica, da qual eu nada sei. Pronto, fim.

O Duque e Eu (Os Bridgertons #1) - Julia Quinn.

Título: O Duque e Eu (Os Bridgertons #1).
Original: The Duke and I.
Autora: Julia Quinn.
Editora: Arqueiro.
Nota: 4/5.

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida. (SKOOB)

Eu nunca fui muito de ler livros históricos, sabe? Era uma coisa que eu fazia muito raramente, nunca dei a devida importância esse gênero literário. Então, no ano passado comprei alguns que estavam em promoção e no começo desse ano resolvi ler alguns deles. O Duque e Eu foi o primeiro que eu li e simplesmente adorei.

O primeiro livro da série Os Bridgertons conta sobre Daphne Bridgerton, que é uma moça cheia de personalidade e, apesar disso, apenas homens velhos e pouco inteligentes parecem se interessar por ela, os outros só a querem como amiga. Eis então que o duque de Hastings, Simon Basset, retorna depois de um longo período viajando. O melhor é que ele está solteiro, porém não pensa em se casar e ter filhos, o que pode decepcionar as mães loucas para arranjarem um casamento para suas queridas filhas. Para se livrar disso, ele resolve propor um acordo com Daphne, que por sinal é a irmã do seu melhor amigo: ele finge que a corteja, deixando as mães longe dele e, para o beneficio dela, com um duque a cortejando, outros poderiam começar a vê-la com outros olhos. Ela é aceita, é claro, porém com o passar dos tempos, Daphne acaba tendo que se controlar para não acabar se apaixonando por esse charmoso cavalheiro, que parece ter aversão a tudo que ela sonha para sua vida futura.

Porque não li esse livro antes? Realmente não sei e me arrependo, porque simplesmente amei a leitura. É oficial, estou apaixonada por romances históricos. Esse livro é tão simples e encantador, a trama é boa e não tem como não se apaixonar pelos personagens. Tem o romance, que vai se desenvolvendo aos poucos, com seus altos e baixos, até chegar ao merecido final. Além de suspirar com o romance, me diverti horrores com várias cenas e isso me deixou feliz. Eu simplesmente adorei o livro, superou todas as expectativas que eu tinha, ainda bem. Os diálogos são divertidos e tem sempre alguma coisa louca que acontece para mudar o rumo de tudo que os personagens principais tinham planejado. Eu adorei é isso. No começo de cada capítulo ainda tem um pequeno trecho de um jornal de fofoca, da Lady Whitledown, falando sobre as pessoas da alta sociedade, e claro que os personagens principais desse livro estão entre os mais comentados. Adorava essas partes, são sempre engraçadas e fiquei super curiosa para saber quem é essa pessoa fofoqueira. Tipo uma Gossip Girl á moda antiga.

Só não foi uma leitura completamente perfeita, porque no final o livro perdeu um pouco o ritmo bom que tinha no começo e ficou tudo mais lento. Esse foi o único ponto que chegou perto de ser negativo no livro, de resto eu adorei e me diverti. Na noite que peguei esse livro para ler não conseguia mais parar e quando fui ver, já tinha livro cem páginas. Quase metade do livro! Sério gente, vocês precisam ler esse livro, é incrível.

Chegou a parte que eu mais gosto e sim, já vou falar dos personagens principais, mas antes preciso falar de outros dois que são incríveis e mal posso esperar para ler seus respectivos livros. Sim, estou falando do charmoso Colin e do super responsável Anthony. Eles são uns dos vários irmãos da Daphne (a família é grande) e eu ansiava pelas partes que eles apareciam. O Colin é tão encantador. Ele tem todo aquele ar de rebelde, cheio de mistérios e ao mesmo tempo é tão carinhoso, principalmente com a Daphne e sempre está disposto a ajudá-la. Impossível não amá-lo. O Anthony é o irmão mais velho e está sempre fazendo coisas para proteger a sua família, por isso ele aparece em várias cenas brigando com Simon, seu melhor amigo, depois que ele e Daphne começaram a farsa. Eu gostava das partes que ele dava uma de irmão mais velho preocupado. Adorei ele e fico feliz pelo segundo livro já trazer a sua história. Ainda têm outros da família, como o Benedict, que apareceu pouco, e a mãe de todos eles, que é tão paranóica e ao mesmo tempo super bacana, adorei todos eles. Agora sim, vamos aos principais. A Daphne é uma garota determinada e muito teimosa, enfrenta tudo e todos quando é preciso. Simplesmente a adorei. O Simon é todo charmoso, mas está tão preso aos princípios que impôs a si mesmo tantos anos atrás, que isso me irritava diversas vezes. Apesar de tudo, eles formam um bom casal e eu me diverti horrores com eles e os outros personagens.


Resumindo: LEIAM! Sério, esse livro tem que vir com aquele selinho de ‘leia imediatamente após a compra’. Adorei o livro e estou ansiosa pelos próximos. Super recomendo. O segundo livro é O Visconde que me Amava e recentemente a Arqueiro lançou o quinto livro da série. Estou atrasada, só pra variar, preciso ler os outros. É isso por hoje, fim.

Dois Garotos se Beijando - David Levithan.

Título: Dois Garotos se Beijando.
Original: Two Boys Kissing.
Autor: David Levithan.
Editora: Galera Record.
Nota: 4/5.

Baseado em fatos reais e em parte narrado por uma geração que morreu em decorrência da Aids, o livro segue os passos de Harry e Craig, dois jovens de 17 anos que estão prestes a participar de um desafio: 32 horas se beijando para figurar no Livro dos Recordes. Enquanto tentam cumprir sua meta — e quebrar alguns tabus —, os dois chamam a atenção de outros jovens que também precisam lidar com questões universais como amor, identidade e a sensação de pertencer. (SKOOB)



EU VOLTEI! Todos vibram, ou não, sei lá (?). Gente, desculpa ter ficado todo esse tempo sem postar, porém tava tudo uma loucura e uma correria, só agora deu uma amenizada nas coisas e creio que terei meu tempo pro blog de novo. A resenha de hoje é de um livro que eu achei que não iria gostar. Todo mundo fala horrores de bem (?) do David Levithan, porém eu nunca consegui ser uma apreciadora dos seus livros. Em Will & Will, assim como em Todo Dia, achei que alguma coisa estava faltando, não consegui me acostumar com a escrita diferente dele. Porém, quando Dois Garotos se Beijando chegou aqui da editora Galera Record, eu resolvi dar mais uma chance e ver o que iria dar, já que vi bons comentários a respeito desse livro. Resultado: eu gostei, de verdade.

O livro conta sobre vários meninos homossexuais, sendo os principais os dois que estão tentando beijar o recorde de beijo mais longo para entrar para o livro dos recordes: Harry e Craig. Vemos como essa decisão deles de tentar bater esse recorde acaba influenciando na vida de outros casais e das suas próprias famílias. Eu não sei como falar desse livro, eu tentei pelo menos, mas veja a sinopse acima que está melhor.

Gostei do livro. Achei que a trama foi leve e inspiradora, cheia de frases marcantes pra vida de qualquer pessoa. Não marquei todas as frases porque senão iria anotar o livro inteiro quase, mas trouxe algumas das primeiras que eu marquei para mostrar aqui para vocês. Enfim, eu ainda estranho a escrita diferente dele. Não tem divisão por capítulos, o livro só começa do nada e termina do nada. Até a história não parece ter começo ou fim direito, é uma coisa estranha que eu não consigo explicar e que você tem que ler para saber. Tentei não deixar isso me incomodar como aconteceu nos outros livros e pronto, tudo fluiu muito bem. Eu não estava lendo quase nada, meu ritmo de leitura tava muito ruim, então ele veio em uma boa hora para me tirar dessa ressaca brava.

O que eu mais gostei do livro foi essa trama diferente que ele tem, que são os rapazes homossexuais. Hoje em dia vemos tanto ódio sendo espalhado por ai, tanto preconceito acerca disso, porque as pessoas têm a cabeça pequena e nem mais dois mil anos de evolução as levaria a pensar diferente. O amor é o que importa, não interessa a quem você ame, só que você ame. É isso gente, porque as pessoas não entendem? Eu fico brava com essas coisas, acho que qualquer pessoa deveria ficar porque é inadmissível. Então, eu gostei da temática desse livro e como os casais são tão lindos e a mensagem inspiradora que o livro passa é tudo de bom. Não sei mais o que falar, ta bem difícil pra ser sincera. Leiam.

“O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? E o amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?” – Página 15.

Bom, como eu disse, tem várias tramas a cerca de várias pessoas. O casal que quer bater o recorde de beijo mais longo é Harry e Craig. Eles são melhores amigos agora, mas já foram namorados um dia. Olha a treta. Mas esse beijo significa muito mais para eles, significa romper as barreiras e fazer as pessoas pararem com o ódio. É difícil, como eu já disse, e em várias partes do livro há contratempos, não só para eles, mas para os outros personagens também. Eles estão fazendo isso por vários motivos, mas o principal é para seu amigo Tariq. Eu não vou falar o que aconteceu para eles fazerem isso por ele também, sei lá, acho que é um pouco spoiler ou algo do tipo. Enfim, não vou falar. Peter e Neil são outro casal do livro. As coisas nem sempre são boas entre eles, na verdade tem sido um pouco diferente do que era antes. Eu gostei deles e a minha parte preferida do livro incluiu um deles, o Neil. Quando ele fala com sua família... eu amei essa parte e me dá raiva não poder falar dela aqui para vocês porque não quero adiantar a trama. Tem o Cooper, um garoto tão solitário, sem amigos, sem o apoio da família. Eu sentia tanta dó nas partes dele, queria que alguém o puxasse dessa depressão, que ele conversasse com os pais, mas nem sempre as coisas são como a gente quer. Nem nos livros. Por último, mas não menos importante, temos o casal com cabelo mais estiloso do livro, Avery e Ryan. Eles acabaram de se conhecer, então vemos como as coisas vão se desenrolando e tudo mais. Eu os adorei. Gostei de todos os personagens, acho que cada um deles representou uma pessoa diferente, com vidas e batalhas pela frente, então isso foi bem legal.

Sem falar que com essa escrita diferente do autor, ele narra em primeira pessoa por ele mesmo ou como um narrador em comum falando por todas as pessoas que já passaram por isso ou coisa pior. NÃO SEI EXPLICAR! Que raiva que eu tenho disso, mas é isso, não consigo explicar. Só sei dizer que eu gostei bastante, só o fator de ainda não me acostumar direito com o sei começo e finais que me irritou um pouco, o restante é bem bacana.

“Acordar é difícil, e acordar é grandioso. Observamos vocês se mexerem e saírem cambaleando da cama. Sabemos que a gratidão é a última coisa na sua cabeça. Mas vocês deveriam sentir gratidão. Vocês têm mais um dia.” – Página 30.


Resumindo: lindo livro, cheio de significado e esperança de que um dia as pessoas deixem de pensar que dois garotos (ou duas garotas) se beijando é errado. Eu recomendo, leiam esse livro, de verdade e sintam apenas amor, encham seus caderninhos com as lindas frases que tem nesse livro. É isso por hoje, até mais, fim.

 
Layout de Giovana Joris