Azul da Cor do Mar - Marina Carvalho.

Título: Azul da Cor do Mar.
Autora: Marina Carvalho.
Editora: Novo Conceito.
Nota: 4/5.

ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão. (SKOOB)

Então, esse foi o terceiro livro da minha pequena maratona nacional que não consegui terminar. Diferentemente dos outros dois, eu, graças aos Céus, consegui ter uma leitura um tanto proveitosa com esse. Fiquei de fato muito feliz, já tinha quase perdido as esperanças, sério.

O livro conta sobre Rafaela, uma garota que estava cursando a faculdade de Jornalismo e nas férias conseguiu um estágio na Folha de Minas, olha que sortuda. Ela fica toda feliz, é claro, principalmente por ter conseguido uma vaga na seção que gostaria de estagiar: investigativo. Só tem um pequeno probleminha cujo nome é Bernardo. Ele é colega da Rafa e ela tem que seguir os passos dele durante seu estágio, só que o cara vive a irritá-la e os dois brigam a toda hora. Mas será que todo esse ódio não podia, sei lá, posteriormente virar amor? Enfim, só isso que direi (?).

Não esperava gostar desse livro como gostei, foi uma boa surpresa, aleluia. Não tinha muitas expectativas, não esperava muita coisa e já estava desanimada com as minhas leituras nacionais anteriores (que como já disse não foram tão boas), então estava de boa. Pra minha surpresa, a narrativa leve e fluída da autora logo me encantou e fiquei feliz por ter escolhido esse livro ou por ter sorte, já que eu tirei no papelzinho o nome desse livro, não sou boa com escolhas (?). A trama é simples e divertida, com personagens engraçados e que me encantaram, olha que milagre. Os capítulos não são tão curtinhos, mas li o livro rapidamente e sem problemas. Não consegui ficar entediada, que era o que estava acontecendo com minhas leituras anteriores (e eu devia parar de falar delas), então isso já era o suficiente para me deixar muito feliz. Gostei de como os fatos foram se desenvolvendo, sem pressa, com várias partes engraçadas. Eu geralmente não sou muito de gostar desses livros de romance, porém esse felizmente me prendeu. Talvez o sarcasmo presente, principalmente nas briguinhas entre os protagonistas adoro, foi o que me fez gostar do livro. Não tem como não gostar deles.

Um ponto negativo que eu encontrei, foi que a trama ficou um pouco forçada em certa parte, poderia ter sido acrescentado uma coisa mais simples, sei lá. Outra coisa, foi o final. Foi do jeito que eu acreditava que seria, mas alguma coisa ficou faltando. Eu sou chata com finais, parece que nenhum me agrada muito ultimamente, sério, tem alguma terapia pra esse tipo de coisa? (?)

Pense em uma pessoa muito desastrada, essa é a Rafa. Juro, ela tropeça até no vento! Ela é estagiária da Folha de Minas e logo vira o xodó do pessoal do setor investigativo. Gostei dela, mas em algumas partes ela não era nada modesta e me irritava um pouco quando falava de roupas e sapatos. Morava com seus irmãos e sempre estava a conversar com suas amigas. Gisele era uma delas, só que ela era meio exibida e vulgar demais, não gostei dela. No primeiro dia em que a Rafa chega a redação do jornal, ela conhece dois rapazes que não podiam ser mais diferentes um do outro. Marcelo era todo sorriso, alegre e divertido. Uma pena que ele trabalhasse na parte de esportes e não junto com ela. Ou uma sorte pra mim, já que eu não fui tanto com a cara dele. O outro, seu companheiro de trabalho e quem lhe ajudaria no estágio, era Bernardo. Arrogante, sempre com aquele ar de superior e fazendo pouco caso dela, Rafa logo não vai com a cara dele. Adorava o sarcasmo do Bernardo e ele sempre estava fazendo alguma coisa que irritava profundamente a Rafa, adorava isso. Depois eles vão ficando melhores, sem tantas brigas, já vão se acostumando um com o outro. Gostei deles, de verdade.


Resumindo caros leitores: Recomendo, me surpreendeu de uma maneira super positiva. Leiam. A autora já tem um livro lançado pela Editora Novo Conceito, Simplesmente Ana, e terá uma continuação, De Repente Ana. Creio que Azul da Cor do Mar seja filho único, amém, está bom do jeito que está. Isso é tudo por hoje, nada mais a comentar, fim.

A Esperança - Suzanne Collins.

Título: A Esperança.
Original: Mockingjay.
Autora: Suzanne Collins.
Editora: Rocco.
Nota: 3/5.

Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? (SKOOB)

Eu tinha uma relação de amor e ódio com essa trilogia. Gostei do primeiro livro, porém não foi aquela coisa tremendamente apaixonante, infelizmente. O segundo livro foi demais, super eletrizante e cheio de surpresas, empatando assim o placar em 1 a 1. A esperança, que irônico, estava nesse último livro. E... é, vejam a resenha e falamos sobre isso no final dela.

Pare aí! Essa resenha contém spoilers dos dois livros anteriores da trilogia e até mesmo desse terceiro livro, então leia por sua própria conta e risco, não me responsabilizo por nada. Avisados, boa leitura (?).

O último livro dessa trilogia não traz uma nova edição dos famosos Jogos Vorazes, mas sim uma coisa ainda pior do que isso: guerra. Katniss se vê sem um lar, já que o distrito 12 foi destruído e ela agora tem que se refugiar, assim como as poucas pessoas que conseguiram sobreviver a esse ataque, no distrito 13, que até pouco tempo ela pensava ter sido eliminado. Como se isso não fosse o suficiente, ela ainda precisa ser o Tordo, a cara da revolução de todos os distritos contra a Capital e o temido Presidente Snow. Será que ela consegue?

Bom, o livro não é de todo ruim (assim como a trilogia), acho que eu é que não curto tanto assim o gênero distópico e esperava demais de toda a trilogia, principalmente desse último livro. A narração ainda continua em primeira pessoa, sendo a narradora a Katniss. A trama é boa, porém alguns pontos me incomodaram demais. Sempre vejo as pessoas falando que não gostam do tom político que tem nesse livro, porém eu senti falta de mais detalhes sobre a política. A Katniss não se envolveu muito nos detalhes da guerra, ela nem queria isso e ficava sempre chorosa ao pensar nas vidas inimigas tiradas. Mas eu queria saber! Queria que ela tivesse desde o começo por dentro dos planos e não sendo teimosa ou pensando ‘pobre Peeta’. Senti falta da guerra em si, que ficou apenas para uma parte no final e a Katniss nem participou diretamente dela, sendo apenas o rosto que o distrito 13 usava em suas propagandas para incitar uma rebelião contra a Capital. Então eu fiquei carente de sangue (?). Em contrapartida, gostei de ver como eles vivem lá no distrito 13 e de como se organizam em situações inesperadas. Achei essa parte bem desenvolvida, assim como as cenas no destruído distrito 12, me deu tanta dó, quase chorei.

O final me deixou um pouco decepcionada, serei sincera. Gostei de como a Katniss resolveu a situação na Capital com a Coin, mas os capítulos que se seguem são um tanto inesperados, acho que é essa a sensação (?). Ok, eu fiquei feliz por tudo terminar para ela, apesar de ainda ser assombrada pelos Jogos e afins, mas esperava algo a mais. Queria ter visto mais sobre como tudo ficou depois, se estava tudo certo com as pessoas, enfim, coisas assim (?), estou querendo demais já. Talvez eu tivesse muitas expectativas e isso dificultou tudo, fazendo com que minha leitura não fosse tão proveitosa.

A Katniss me desapontou um pouco, esperava mais dela. Eu gosto muito dela, a acho uma das melhores protagonistas, de verdade, porém não conseguia suportar algumas ações e pensamentos dela nesse livro. Entendo o motivo dela se sentir um pouco culpada ou então porque era tão misericordiosa com as pessoas que a queriam morta, mas em alguns momentos a achei frágil demais. Sei que ela é humana e está sujeita a essas coisas (?), mas queria ver aquela garota em chamas guerreira. A flecha que ela dirigiu para a Coin foi a melhor coisa do livro inteiro, queria ver mais dessas atitudes inesperadas dela durante o livro. O Peeta é, nesse momento, o personagem que eu mais odeio no mundo literário. Eu entendo que ele foi envenenado pela Capital e isso fez com que ele agisse daquele jeito, mas não deixou de ser insuportável pra mim. Eu nunca gostei dele mesmo, coitado. Gale me irritou em diversos momentos por ser mandão e não gostar de ser contrariado, mas ainda gosto mais dele do que do Peeta. Gosto de todo mundo quando comparado ao Peeta (?). Achei justo como terminou o lance do triângulo amoroso, só isso que irei falar, apesar de não gostar do Peeta.

Senti uma falta tremenda de toda a ironia e maldade do Snow. Só aparecia nos comerciais e no final, que isso gente! (?) Ok, odeio ele por tudo o que ele fez, mas o personagem é incrível. Coin é detestável, não gostei dela desde o começo. Finnick ganhou meu coração nesse livro. Queria abraçá-lo e não soltar mais. Ele foi incrivelmente um grande suporte para a Katniss e em alguns momentos, apesar dos pesares, mais forte do que ela. Uma pena que teve um destino tão trágico logo quando encontrou sua amada. Triste.


Resumindo: apesar de ter citado mais pontos ruins, eu achei o livro bom. Não aproveitei a leitura por todos esses motivos citados, porém mesmo assim não acho que a leitura da trilogia seja dispensável, pelo contrário, eu até recomendo. Sério, sou totalmente bipolar em relação a essa trilogia, não sei se já perceberam. Enfim, é isso ai galera, mais uma trilogia terminada, aleluia, viva a todos (?), fim.

[ALEATÓRIO] Top 5 - Meus livros preferidos da Meg Cabot.


Assumo que não sou a maior fã de Meg Cabot hoje em dia, mas antes eu realmente adorava tudo o que ela escrevia. Hoje em dia eu sou mais chata, todo mundo sabe (?). Enfim, resolvi então fazer um top 5 dos livros dela que eu li e super adorei até o exato momento, ignorando minhas notas dadas a ele lá no Skoob porque sim (?). Vamos lá.






5- Diário da Princesa: Eu li até o sexto livro dessa série, mas posso dizer que foi um dos melhores livros que li dela. Não vou escolher um só, vou tratar da série inteira apesar do post ser dos melhores livros (?). As aventuras da Mia por essa nova vida de princesa é tão engraçada e simples, escrito em forma de diário, o livro é uma graça. Ainda vou terminar a série, não sei quando, mas vou.  





4- A Garota Americana: Tem dois livros dessa duologia (esse nome é tão estranho), mas eu só li o primeiro e super adorei. Eu gosto desses livros com uma temática mais simples e que fazem você sorrir e sofrer com os personagens. Preciso ler mais livros assim, só leio fantasia e sobrenatural, às vezes cansa. Nesse livro a menina salva o filho do presidente, olha que honra e coincidência! Isso então muda a vida dela e ai começa toda a trama do livro. Lindo, que vontade de reler que me deu agora <3






3- O Garoto da Casa ao Lado: No começo dessa leitura, eu lembro que fiquei um pouco preocupada já que tinha uma escrita diferente, é toda contada através de emails. Fiquei com medo, mas no final tudo deu certo e o livro é uma lindeza. Por isso está aqui no meu top 5, é claro, senão não estaria, obviamente.







2- Como ser Popular: Ok, eu talvez tenha me irritada com esse livro em diversas partes, mas isso não fez a minha leitura ficar ruim. O livro é super bonitinho e eu adorei. Infelizmente não o tenho na minha estante, já que peguei emprestado para ler, mas tudo bem, já superei isso. A trama é sobre uma menina que descobre um livro falando etapas para se tornar popular e tenta fazer isso. Confusão na certa, claro.




   

     1-  Sorte ou Azar
Talvez não seja o melhor livro dela, mas eu simplesmente adoro esse livro e mereceu estar aqui em primeiro lugar. A menina é bruxa e vive se metendo em confusões, ela é muito desastrada, coitada. Adoro, adoro, adoro. Sem mais palavras. Gostaria de reler, se possível, algum dia.



Então é isso, meu top cinco da Meg. Não tem muitos livros novos dela já que faz tempo desde que li algo da autora, mas prometo tentar mudar isso assim que possível e trazer uma resenha de algum livro dela pra vocês. É isso por hoje, nada mais a comentar. Fim.

[CONHEÇA] Maratona Literária 3.0



Olá caros leitores.
Eu sei que vocês provavelmente já devem ter lido aqui no blog, em alguma resenha, que eu falo o quanto sou péssima com maratonas. Eu sempre fico indecisa em qual livro ler, qual será o próximo da fila ou então simplesmente fico com uma ressaca literária daquelas e não consigo terminar. Resumindo: sempre acontece um contratempo e eu não consigo concluir a maratona, mesmo as que eu mesma imponho a mim. Sou péssima, eu sei. Entretanto, como a esperança é a última que morre, resolvi tentar participar dessa Maratona Literária que conheci lá no Twitter. ‘Bora saber mais sobre ela?

A Maratona Literária vai acontecer entre as 00:00 do dia 21 às 23:59 do dia 27 de Julho, sendo que você pode impor a meta que você quiser à você mesmo. Um tanto de livros ou então tantas páginas por dia, a meta é incentivar você a ler mais. As inscrições podem ser feitas lá no blog Café com Blá Blá Blá até o dia 20/07, então se você quiser participar confira lá tudo o que precisa ser feito, ok?

Eu resolvi participar e ver no que vai dar tudo isso. Vou tentar concluir as minhas metas, espero conseguir.


Bom, eu vou ser simples e colocar apenas quatro livros. Se eu conseguir ler mais, tudo bem, senão estou satisfeita com essa quantidade. Os livros que eu escolhi (e que podem ser trocados ao decorrer da maratona) são:

 

 

É isso ai pessoal. E vocês, vão participar? 'Bora lá então. Fim.

Reconstruindo Amelia - Kimberly McCreight.

Título: Reconstruindo Amelia.
Original: Reconstructing Amelia.
Autora: Kimberly McCreight.
Editora: Arqueiro.
Nota: 4/5.

Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição? Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas. Amelia está morta. Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia.Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora? Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular: Amelia não pulou. Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página. (SKOOB)

Adoro livros com investigações policiais e toda essa bagunça. Esse, além de toda história policial, tem também um drama básico de mãe e filha. Já sabia que ia gostar antes mesmo de ler e fiquei feliz ao saber que estava certa ao terminar o livro. Adorei, até mesmo chorei um pouquinho com o final.

O livro conta sobre Amelia. Ela era uma garota aparentemente boazinha e estudiosa que em um belo dia pulou do telhado da escola onde estudava. Kate, a mãe dela, estava a caminho da escola naquele dia já que tinham ligado para ela e dito que Amelia estava suspensa por algo banal. Chegando lá ela descobre sobre o suicídio da filha e fica chocada. Passado alguns dias após essa tragédia, ela estava quase aceitando que a filha se suicidou, quando recebe uma mensagem de texto dizendo que Amelia não pulou do telhado. Teria ela então sido assassinada? Kate vai então a busca do que aconteceu com sua única filha e no meio acaba descobrindo que talvez não a conhecesse tão bem quanto achava.

Adorei o livro. A narração é feita em terceira pessoa quando as partes eram da Kate (mãe) e em primeira pessoa quando eram as partes da Amelia (filha). Essas narrações eram em tempos diferentes, claro, porém acabavam se interligando. Quando a Kate descobre algo sobre a filha, no próximo capítulo (ou no anterior) mostra a Amelia naquela situação, fazendo assim com que a trama andasse junta. Achei isso muito bem escrito e desenvolvido, não é qualquer autora que consegue fazer algo do tipo e ainda dar certo. Ainda tem postagens em blog e no facebook, que aparecem entre um capítulo e outro, geralmente envolvendo a Amelia. As investigações policiais deixaram um pouco a desejar, acho que não fui muito com a cara do detetive. A mãe da Amelia parecia descobrir as coisas primeiro do que a polícia, sempre. A mulher estava empenhada. Isso enrolou um pouco o livro, junto com os dramas vividos pela Amelia, o que enfraqueceu um pouco a minha leitura, mas não a arruinou aleluia. O mistério em cada página compensou um pouco esses pontos negativos que encontrei. Os dramas da Amelia não era de todo ruim, mas sempre tinha algum ponto em que eu achava que a autora deu uma exagerada, então foi isso (?).

O drama se dá pelo relacionamento entre mãe e filha. A Kate era uma mãe solteira que se empenhava em seu trabalho como advogada e muitas vezes não sobrava tempo para passar com sua filha adolescente. Eu entendo o lado dela, se já é difícil você criar uma criança quando se tem o apoio do parceiro, imagine sem. Ela não contou para a filha muito sobre o pai até hoje, sendo isso um ponto da trama também. Para completar, a mãe da Kate não gostou muito quando soube que a filha estava grávida e ia ficar com a criança, então sem apoio da família também. Kate se empenhou muito em descobrir o que aconteceu com a Amelia e precisou confrontar até os erros do passado no meio de tudo isso. Amelia era uma garota estudiosa e certinha, por isso sua mãe demora a acreditar em suicídio. Porém, ao começar a ler mais e mais sobre a vida dela, vemos o quanto as coisas mudaram nos dias que antecederam sua morte. Também entendia o lado dela, de ficar brava e magoada pelo fato da mãe nunca estar em casa. Faltava um bom diálogo entre as duas. Amelia não era muito boa em diálogos, ela não falava de certas coisas para as pessoas por medo de magoá-las (apesar de tudo isso a magoar). Sua melhor amiga, Sylvia, vivia fazendo comentários que a magoava/irritava, mas ela nunca mencionou nada do tipo para a amiga. Mais uma vez, a falta de diálogo pode resultar em problemas que poderiam nem ter ocorrido caso as pessoas falassem mais sobre o que se passa e o que sente, mas é difícil, todo mundo sabe. Tem mais personagens, entretanto não vou citá-los já que aparecem em diferentes pontos da trama e não quero soltar algum possível spoiler.

A resolução de tudo foi interessante, apesar de eu estar esperando outra coisa. Me senti muito triste com o final, de verdade, me apertou o coração. Foi bom, uma maneira digna de terminar a trama. Os pontos soltos no começo foram se juntando e coisas que podiam passar despercebidas para o leitor durante a leitura, foram cruciais para os acontecimentos finais e a explicação sobre essa tragédia. Gostei.


Resumindo: recomendo, é claro. Me lembrou um pouco a primeira temporada de The Killing, mas não sei por que já que não tem muitos pontos em comum, estou citando mesmo assim. Leiam, esse é meu conselho. É isso, fim.

O Sonho de Eva - Chico Anes.

Título: O Sonho de Eva.
Autor: Chico Anes.
Editora: Novo Conceito.
Nota: 2/5.

Dra. Eva Abelar, autoridade mundial em sonhos lúcidos, é informada de que seu filho, Joachim, uma criança autista, desaparece na mesma noite em que sua irmã, Anna, pula do 20º andar de um edifício em São Paulo. Anna era a principal cientista do projeto DreamGame, invento revolucionário que permite à pessoa jogar enquanto dorme. Eva é convidada por Yume a assumir o lugar da irmã e, à procura de respostas, se envolve em uma trama perigosa, que alcança os limites dos desejos inconscientes do homem. Enquanto usa seus conhecimentos para desvendar a morte de Anna e reencontrar Joachim, Eva descobre o quanto a sociedade está vulnerável à tecnologia e aos estímulos subliminares, e como esses estímulos podem sequestrar a liberdade e extinguir o livre-arbítrio. (SKOOB)

Essa foi a segunda leitura da minha pequena maratona de livros nacionais que eu não consegui cumprir, não sei por que ainda tento fazer isso já que nunca consigo terminar. A esperança é a última que morre, talvez seja por isso que eu sempre tento. Voltando a resenha, tenho que dizer que assim como a minha primeira leitura da maratona, essa também não conseguiu me agradar completamente. Eu sou uma chata, devia largar essa vida literária (?). Mas é o lance da esperança de novo mesmo que provavelmente se meus livros falassem, eles diriam que morrem de medo de serem lidos por mim.

O livro conta sobre Eva, ou melhor, a Dra. Eva Abelar, especialista em sonhos lúcidos, aqueles em que você sabe que está sonhando e afins. A irmã dela, Anna, trabalha para uma empresa chamada Yume que está tentando fazer um jogo que você pode jogar enquanto dorme. Tudo estava perfeito até que Anna se joga do 20º andar de um prédio em São Paulo e o filho da Eva, que estava sob os cuidados da falecida, some misteriosamente. Eva se vê em busca de pistas para o sumiço do filho, e de quebra algumas explicações sobre o suposto suicídio da sua irmã, e acha que vai consegui-la quando é convidada para trabalhar na Yume. Ai começa a trilha dela por essas explicações e aqui termina minha sinopse para não dar spoilers.

É, não foi dessa vez (?). A narração é feita em terceira pessoa, podemos então obviamente ver diversos ângulos da trama, aqui no Brasil e depois lá na China. A escrita do autor não é ruim, não tive problemas para entender alguma parte ou coisa do gênero. A trama é muito boa, não vejo muitos livros com o tema de sonhos lúcidos e afins, principalmente sendo de um autor nacional. Os rumos que o livro tomou também não foram ruins, porém eu não consegui gostar, fiquei a esperando algo a mais – que ainda não sei o que é de fato. A empresa Yume poderia ter sido mais explorada, o espaço físico, sei lá. Algumas cenas têm um palavreado mais pesado, que eu prefiro não ler quando posso, mas tudo bem, não é assim tão ruim, só avisando pois tem gente que não curte. O final também poderia ter sido diferente, ou talvez eu quisesse que terminasse de um jeito e não foi assim, daí eu fico chateada. Fazer o que, minhas emoções influenciam na leitura e normalmente pra pior (?). Talvez eu tenha sido muito exigente, sei lá, pode ter acontecido.

O que também não me fez apreciar a leitura completamente foram os personagens. Eu não consigo gostar completamente do livro quando não gosto de como são os personagens. Deveria aprender a controlar isso, mas é mais forte do que eu, não posso (?). A Eva não é de todo ruim, eu a achei bem corajosa e tentando a todo custo conseguir as respostas que queria, mas senti um pouco de falta dela realmente comovida com o desaparecimento do filho, sei lá, senti que faltou um pouco de emoção quando ela soube. Só que ela tomou caminhos que nunca pensou em tomar para tentar rever o filho, então ta tudo certo. Tem o Alec, que é um psicólogo/psiquiatra que é amigo da Eva e que também tenta ajudá-la sempre que possível com suas investigações. Adhya é uma das chefonas da Yume e é quem controla o projeto no qual a Anna estava fazendo parte. Ela não me agradou em nada, pensei que iria super explodir no final e sambar na cara dos mocinhos, se consagrando a vilã, porém só fiquei na expectativa mesmo.

Tem ainda o Lee, um dos que trabalha a Yume e não consegui odiá-lo porque ele tem o sobrenome de um personagem de Fringe que eu adoro, então é isso, eu posso fazer isso (?). O Tule, que é um monge pra lá de estranho. Tem mais gente, mas acho que seria spoiler o que eu tenho a dizer sobre eles, então melhor não falar nada.


Resumindo: não consegui curti a leitura, por motivos um tanto bobos, mas foi isso e pronto. Apesar disso eu recomendo se você quiser ler e gostar desse lance de sonhos, vídeo game e bastante tensão. É isso por hoje, fim.

Um Herói para Ela - Lu Piras.

Título: Um Herói para Ela.
Autora: Lu Piras.
Editora: Novo Conceito.
Nota: 2/5.

Bianca sempre quis ser roteirista de cinema. Para realizar seu sonho, ela sai do Brasil para estudar na famosa New York Film Academy. Em meio às emoções da nova vida na Big Apple, um rapaz misterioso acaba salvando a vida de Bianca em duas situações diferentes. Tudo o que ela sabe é que o seu herói tem no braço uma misteriosa tatuagem. Sem pistas sobre o seu protetor, ela é convidada para um show da banda The Masquerades, cujos componentes escondem os rostos atrás de máscaras. Uma rosa branca cai sobre o seu colo, arremessada pelo vocalista. Decidida a desvendar a identidade do mascarado, Bianca invade o camarim da banda. A surpresa que a aguarda por trás daquela porta poderá mudar o seu destino. Uma história cheia de humor e romance. (SKOOB)

Algumas pessoas que eu conheço me dizem que a minha opinião sobre romances não deve ser levada muito a sério já que eu não sou a maior fã desse gênero não sou mesmo, porém isso não me impede de dizê-la mesmo assim. Eu li esse romance nacional como o primeiro livro de uma pequena maratona que eu tentei fazer (e que não deu certo) e acabei não gostando, apesar de todo o esforço que eu fiz. Fazer o que, acontece nas melhores famílias (?).

O livro conta sobre Bianca, que trabalha como advogada, mas na verdade sempre quis ser uma roteirista de cinema. Eis então que seus pais insistem para que ela se inscreva para tentar ganhar uma bolsa na New York Film Academy. Óbvio que ela se inscreve e ganha, uhu. Bianca vai então para NY, viver as emoções de morar nessa nova cidade. Tudo começa a se encaminhar na vida dela quando uma das suas colegas de quarto a convida para um show de uma banda chamada The Masquerades. Claro que ela logo se vê encantada com um dos mascarados e tenta descobrir quem é ele. É isso, eu não sei mais o que falar.

Então, acho que ficou um pouco claro que eu não gostei do livro. Eu tentei, admito. Nunca tinha lido nada da autora, então esperava que pudesse gostar um pouco ao menos. A narrativa não é ruim, a autora escreve bem, não foi isso que me incomodou. A trama tem muito potencial, porém acabou tomando alguns rumos muito fora da realidade. Até pra mim. Ok, talvez os romances precisem ter algo assim pra fazer com que pensemos ‘poxa, será que isso poderia acontecer com minha mera pessoa? Quem dera, oh *suspiros*’, só que tudo tem um limite. Então, isso acabou me incomodando. Pode ser um motivo bobo, mas foi o segundo pelo qual não consegui aproveitar a leitura inteiramente.

O primeiro motivo? A protagonista. Até revirei os olhos agora só de me lembrar dela. Bianca se desmerece totalmente. Parece que ela se sente que não é boa o suficiente e que precisa de um príncipe para livrá-la dessa vida sofrível. Ela é insegura, não consegue aceitar o fato de que as pessoas nem sempre vão gostar dela e sente essa necessidade de transformar sapos em príncipes. Acho que essa parte foi algo que a mãe dela disse no livro, depois de um capítulo inteiro contando sobre os namorados estranhos que ela teve. Nem preciso dizer o quanto ela me irritava profundamente. Eu geralmente não preciso de um motivo específico para odiar personagens, mas nesse teve. Também teve o fato de que no começo deu tudo errado pra ela e que precisou do misterioso rapaz para resgatá-la. Sério, porque as personagens não saem correndo ou gritam ou batem até não poder mais quando estão em perigo? O mundo precisa de mais mocinhas incríveis. Eu devia fazer um post sobre mocinhas incríveis, aguarde nos próximos dias (?).

Ok, chega de falar dela, vamos pular para os dois mocinhos que formam as outras pontas do triângulo amoroso. Salvatore tinha tudo para ser bom. Ele é misterioso, italiano e aparentemente bonito, porém acaba se transformando em...sei lá, acaba mudando para algo que eu não gostei. Algumas atitudes dele me deixaram muito nervosa e todo o mistério que o envolve acabou não sendo assim tão atraente, por falta de uma palavra melhor no momento. Daí vocês pensam, ‘poxa então você estava torcendo para ela ficar junto com o outro’? Não é bem assim. Paul estudava junto com a Bianca e no começo flertou lindamente com ela, a convidado para jantar, tentando a todo custo ficar com ela e isso já me fez achar que ele era um stalker maluco. Então, apesar de eu não ter gostado do Salvatore, ele era um pouco melhorzinha do que o duvidoso Paul. Ele era riquinho, todo estranho, muito insistente pro meu gosto, não gostei dele e ponto final.

Outras duas personagens precisam ser citadas nessa resenha. Mônica e Natalya eram as colegas de quarto da Bianca. Elas não podiam ser mais diferentes uma da outra. A Natalya era atrevida, sempre falava o que lhe vinha na cabeça, mas por dentro era um pouco frágil, mas raramente mostrava esse seu lado. A Mônica já era mais de boa, queria ser uma atriz e logo virou super amiga da Bianca. Não morri de amores por elas, mas também não encontrei um motivo para odiá-las apesar de eu não precisar de algum para de fato não gostar de algum personagem, ou de pessoas reais também, então tudo bem (?).


Resumindo: não consegui aproveitar a leitura, não curti os rumos que a trama tomou e os personagens não me agradaram tanto, mas isso não quer dizer que você não possa gostar do livro. Como eu disse no começo da resenha, não sou a maior fã de romances, então isso pode influenciar a minha leitura muitas vezes, exijo muito desse gênero e dificilmente gosta muito de algum. Porém, se você quer ler ou então já leu os outros livros da autora e gostou, fique a vontade, quem sou eu para dizer alguma coisa (?). É isso por hoje, nada mais a declarar, fim.

 
Layout de Giovana Joris